PARIJÓS, NÉLSON
PARIJÓS,
Nélson
*const. 1946; dep. fed. PA
1946-1959.
Nélson
da Silva Parijós nasceu em Cametá (PA) no dia 19 de abril
de 1884, filho de Antônio Joaquim Alves da Silva, comerciante português, e de
Genoveva Maria de Parijós e Silva.
Fez seus estudos no Seminário Menor Nossa Senhora do Carmo,
no Colégio Pará e Amazonas e no Liceu Paraense de Belém. Cursou em seguida a
Escola Acadêmica do Porto, em Portugal, e formou-se em agronomia pela Escola
Superior de Agronomia de Gembioux, na Bélgica. Voltando ao Brasil,
bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do
Pará.
Regressando à sua cidade natal, passou a se dedicar à
cacauicultura e à exploração de castanhas. Em julho de 1911 ocupou o cargo de
tesoureiro da municipalidade de sua cidade e organizou uma colônia de
pescadores. Filiado ao Partido Republicano Federal, foi tabelião em Abaeté,
atual Abaetetuba (PA), até 1920, retornando em seguida a Cametá e às atividades
de cacauicultor. Em 1926, no governo estadual de Dionísio Bentes, tornou-se
diretor do campo de cacau de Cametá, então criado. Ao fim de dois anos esse
campo foi transformado na Estação Experimental de Cacau, de caráter federal.
Nessa época, Parijós foi ainda promotor público e chefe de polícia de Marabá
(PA).
Voltando a Cametá em 1930, depois da revolução que levou
Getúlio Vargas ao governo do país, integrou a Frente Única Paraense, organizada
em 1934 por elementos que se opunham ao interventor Joaquim de Magalhães Barata
e que se constituiu na maior força política na região do rio Tocantins. Durante
o governo constitucional de José Malcher (1935-1937) ocupou o cargo de prefeito
de sua cidade natal.
Após a extinção do Estado Novo em 29 de outubro de 1945,
elegeu-se em dezembro do mesmo ano deputado à Assembléia Nacional Constituinte,
na legenda do Partido Social Democrático (PSD). Assumindo o mandato em
fevereiro do ano seguinte, participou dos trabalhos constituintes e, após a
promulgação da nova Constituição, em 18 de setembro de 1946, passou a exercer
seu mandato ordinário. Durante essa legislatura foi membro da Comissão
Permanente de Obras Públicas, da Comissão Especial de Pecuária e da Comissão de
Valorização da Amazônia.
Em outubro de 1950 tornou a se eleger deputado federal, ainda
na legenda do PSD. Em outubro de 1954, lançado pela Aliança Social Democrática,
constituída no Pará pelo PSD e pelo Partido de Representação Popular (PRP),
reelegeu-se ainda uma vez. Deixou a Câmara dos Deputados em janeiro de 1959, ao
final de seu mandato.
Faleceu em Cametá no dia 5 de janeiro de 1970.
Era casado com Dolores Nabiça, com quem teve três filhos, dos
quais dois — Rui Parijós e Max Parijós — se tornaram deputados estaduais no
Pará.
FONTES: BORGES, R.
Vultos; CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Relação dos dep.; CISNEIROS, A.
Parlamentares; Diário do Congresso Nacional; Grande encic. Delta; TRIB. SUP.
ELEIT. Dados (1, 2 e 3).