FONSECA, OLINTO
FONSECA,
Olinto
*const. 1946; dep. fed. MG 1946-1955.
Olinto Fonseca Filho nasceu
em Formiga (MG) no dia 8 de março de 1908, filho de Olinto Fonseca e de Maria
Fonseca e Silva.
Cursou o primário na Escola D. Maria Eugênia Vilela Gontijo e
o secundário no Ginásio Antônio Vieira, ambos em sua cidade natal, vindo a
concluir o último curso no Ginásio Santo Antônio, em São João del Rei (MG). Trabalhou como caixeiro e, posteriormente, na casa comercial de seu
pai. Em 1933 formou-se em medicina pela Universidade de Minas Gerais (UMG),
atual Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ainda estudante
universitário, ingressou na vida política como auxiliar e depois chefe de
gabinete de Olegário Maciel, presidente de Minas Gerais de 1930 a 1933. Na primeira gestão de Benedito Valadares à frente do governo mineiro (1933-1935),
desempenhou as funções de secretário e, posteriormente, de chefe de gabinete do
interventor.
Em maio de 1934, foi nomeado médico da Força Pública de Minas
Gerais, mantendo-se nas suas funções de secretário de Valadares. Tornou-se,
mais tarde, assistente de clínica urológica do Hospital Militar. Dedicando-se
desde cedo ao jornalismo, colaborou em diversos órgãos da imprensa mineira e
foi designado diretor da Imprensa Oficial do estado em 1941, cargo que ocupou
por quatro anos.
No
pleito de dezembro de 1945, elegeu-se deputado à Assembléia Nacional
Constituinte por Minas Gerais pela legenda do Partido Social Democrático (PSD).
Ocupando sua cadeira em fevereiro de 1946, participou dos trabalhos
constituintes, e, com a promulgação da nova Carta (18/9/1946), passou a exercer
o mandato ordinário, integrando as comissões permanentes de Saúde Pública e de
Transportes e Comunicações da Câmara Federal. Em outubro de 1950, elegeu-se
deputado federal pelo estado de Minas pela legenda do PSD, sendo empossado no
cargo em fevereiro seguinte.
No pleito de outubro de 1954, compôs como suplente a chapa
vitoriosa do PSD ao Senado Federal encabeçada por Benedito Valadares. Deixou a
Câmara em janeiro de 1955, ao findar o seu mandato, e, ainda no mesmo ano, foi
nomeado diretor da Caixa Econômica do Rio de Janeiro, cargo que ocupou até
1959. Em 1961, foi nomeado presidente do Conselho Superior das Caixas
Econômicas Federais. Aposentado em 1964, foi eleito diretor do Banco Comercial
e Industrial de Minas.
Foi também presidente do Conselho Regional de Desportos de
Minas Gerais. Seu sogro, Cristiano França Teixeira Guimarães, foi um dos fundadores da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira S.A.
Traduziu obras do escritor irlandês Oscar Wilde.
Faleceu no Rio de Janeiro em 23 de dezembro de 1990.
Foi casado com Maria Auxiliadora Guimarães Fonseca, falecida
em 1978, com quem teve um casal de filhos.
FONTES: ASSEMB.
LEGISL. MG. Dicionário biográfico; CÂM. DEP. Relação dos dep.;
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1946-1967); CISNEIROS, A. Parlamentares;
COELHO, J. Coisas; Diário do Congresso Nacional; Grande encic.
Delta; INF. Andréa Fonseca Correia da Costa; Rev. Arq. Públ. Mineiro
(12/76).