PALHA, Pedro Augusto Moura
*sen. PA 1963, 1964, 1965 e 1967-1968.
Pedro Augusto Moura Palha nasceu em Belém no dia 15 de outubro de 1915, filho de Augusto César de Moura Palha Júnior e Ricardina Moreira Palha.
No ano de 1941 bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela antiga Faculdade de Direito do Pará. Logo em seguida, ingressou na política filiando-se ao Partido Social Democrático (PSD) e tornando-se aliado de Magalhães Barata, interventor do Pará desde 1930. No início dos anos de 1950 exerceu a Procuradoria da Fazenda Municipal.
No pleito de outubro de 1954 elegeu-se deputado à Assembléia Legislativa paraense na legenda da Aliança Social Democrática, tornando-se líder do governo de Joaquim de Magalhães Barata naquela casa de 1957 até o final do mandato deste, em janeiro de 1959. Reeleito no pleito de outubro de 1958 na legenda do PSD, com o falecimento de Magalhães Barata no ano seguinte, articulou a indicação de Moura Carvalho para substituí-lo no governo. Renunciou então à sua cadeira em 1960, para ocupar o cargo de secretário do Interior e Justiça do governo Moura Carvalho (1959-1961). Em seguida, no governo Aurélio Correia do Carmo (1961-1964), exerceu a consultoria geral do estado do Pará.
Em outubro de 1962, elegeu-se pelo Pará suplente do senador Joaquim Lobão da Silveira na legenda do PSD, substituindo-o nos períodos de setembro a outubro de 1963, de abril a julho de 1964 e de agosto a dezembro de 1965.
Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado no país em abril de 1964, tornando-se presidente do diretório regional paraense da agremiação. Nas eleições de novembro de 1966, candidatou-se ao Senado Federal pelo Pará na legenda do MDB, sendo derrotado pelo então coronel Jarbas Passarinho, da Aliança Renovadora Nacional (Arena). Voltou a substituir Lobão da Silveira entre junho de 1967 e janeiro de 1968 e, no pleito de novembro de 1970, candidatou-se a deputado federal por seu estado, sempre na legenda do MDB, obtendo apenas uma suplência.
Em 1974, disputando com Jarbas Passarinho uma vaga no Senado, perdeu a eleição. Afastado da vida política, dedicou-se à advocacia, impetrando ações populares em defesa das mangueiras de Belém e do patrimônio público.
Nas campanhas para as eleições de novembro de 1982, voltou ao cenário político ao articular a candidatura de Jader Barbalho para governador, na legenda do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), agremiação que se formara a partir da extinção do bipartidarismo e a conseqüente reformulação partidária em novembro de 1979. Com a vitória de Jader, em 1983 foi nomeado consultor-geral do estado pela segunda vez.
No governo seguinte, do peemedebista Hélio Gueiros (1987-1991), tornou-se procurador-geral da Fazenda do Estado, cargo que ocupou até seu falecimento.
Foi colaborador do jornal paraense O Liberal.
Faleceu em Belém no dia 17 de fevereiro de 1995.
Era casado com Nazaré Leão Pimentel de Moura Palha, com quem teve três filhos.
FONTES: CURRIC. BIOG.; Jornal do Brasil (16/10/66); NÉRI, S. 16; ROQUE, C. Grande; SENADO. Relação.