PRADO,
Fábio da Silva
*pref. São Paulo 1934-1938.
Fábio
da Silva Prado nasceu na cidade de São Paulo no dia 25 de
junho de 1887, filho de Martinho da Silva Prado Júnior e de Albertina Pinto
Prado. Seu tio, o conselheiro Antônio Prado, foi deputado federal por São
Paulo, de 1869 a 1875 e de 1885 a 1887, ministro da Agricultura em 1885,
senador por São Paulo em 1887, constituinte em 1891, prefeito da capital
paulista de 1899 a 1910, diretor do Banco do Comércio e Indústria de São Paulo
e fundador do Partido Democrático em 1926. Seu irmão, Martinho da Silva Prado
Neto, foi deputado federal por São Paulo de 1935 a 1937.
Fez os estudos preparatórios com professores particulares e
estudou na Escola Politécnica de Liège, na Bélgica, diplomando-se
posteriormente em engenharia industrial.
Industrial,
foi presidente da Companhia Imobiliária Morumbi, da Sambra, da Centro Ideal
Ferroviário, da Gema, da Companhia Agrícola Santa Cruz, da Companhia Agrícola
Romanópolis, da Segurança Imobiliária, da Companhia Brasileira de Materiais
Ferroviários, da Companhia de Terra Norte do Paraná, da Mármores Brasileiros
Sambra, do Cotonifício Rodolfo Crespi, da Contendas e da Companhia de Terrenos
e Melhoramentos de Santos, tendo ainda dirigido a Companhia Grandes Hotéis, a
Companhia Mojiana de Estradas de Ferro e a Companhia Cimento Maringá.
Diretor
do Banco Mercantil de São Paulo e da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (FIESP), participou como delegado dessa entidade da fundação da
Confederação Industrial do Brasil, associação civil criada em janeiro de 1933
no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, visando defender os interesses dos
diversos grupos empresariais do país. Foi segundo-tesoureiro da primeira
diretoria da entidade, que foi extinta em agosto de 1938 com a criação da
Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Iniciou sua vida política ao eleger-se vereador à Câmara
Municipal de São Paulo. Em 1934, durante a interventoria de Armando Sales, foi
nomeado prefeito da capital paulista em substituição a Antônio Carlos de
Assunção (1933-1934), destacando-se em sua administração a criação dos
departamentos de Assistência Social, de Parques Infantis e Cultural, este
último entregue ao escritor Mário de Andrade. Deu início também à
construção do estádio do Pacaembu e do túnel Nove de Julho, ativou o
funcionamento dos serviços de estatísticas municipais e patrocinou a publicação
de vasta documentação do Arquivo Municipal, sob a direção de Sérgio Milliet.
Muitos de seus projetos de remodelação urbanística foram aproveitados por seus
sucessores. Após o advento do Estado Novo em novembro de 1937, em abril do ano
seguinte, quando José Joaquim Cardoso de Melo Neto transmitiu a interventoria a
Ademar de Barros, deixou a prefeitura de São Paulo, sendo substituído por Paulo
Barbosa Campos.
Membro
do conselho técnico de economia e finanças do Ministério da Fazenda de 1941 a
1943, pertenceu ainda ao conselho da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), ao
Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, à Sociedade Rural e à Sociedade
Paulista de Escritores, tendo sido um dos fundadores da Sociedade de Etnografia
e Folclore.
Faleceu em São Paulo no dia 3 de março de 1963.
Era casado com Renata Crespi da Silva Prado, filha de Rodolfo
Crespi, grande industrial brasileiro de origem italiana.
FONTES: ARAÚJO, A.
Chefes; CONF. INDUSTRIAL DO BRASIL. Relatório; COUTINHO, A. Brasil; Efemérides
paulistas (1963); Encic. Mirador; Grande encic. Delta; LEITE, A. História;
LEVI, D. Família; MELO, L. Dic.; SOC. BRAS. EXPANSÃO COMERCIAL. Quem; Súmulas.