RAMOS, CLEMIR
RAMOS, Clemir
*dep. fed. RJ
1983-1987.
Clemir da Silva Ramos nasceu
no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, em 20 de dezembro de 1949, filho de
Manuel da Silva Ramos e de Luísa Ida Mazza Ramos.
Em
1974, formou-se em ciências jurídicas e sociais pela Universidade do Estado da
Guanabara (UEG). Filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido
de oposição ao regime militar instaurado no país em abril de 1964, e nesta
legenda foi eleito vereador no Rio de Janeiro em novembro de 1976. Empossado em
fevereiro seguinte, foi presidente da Comissão de Servidor Público. Em 1979,
foi vice-líder do MDB.
Com
a extinção do bipartidarismo, em novembro de 1979, e a organização de novas
agremiações, filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em setembro do
ano seguinte, teve o mandato municipal prorrogado por dois anos pelo Congresso
Nacional, como ocorreu com todos os prefeitos e vereadores.
Líder da bancada pedetista, em novembro de 1982 foi eleito
deputado federal pelo Rio de Janeiro. Renunciou ao mandato de vereador e foi
empossado na Câmara em fevereiro de 1983, tornando-se membro da Comissão de
Relações Exteriores e suplente da Comissão de Educação e Cultura da Casa.
Em 25 de abril de 1984, votou a favor da emenda Dante de
Oliveira, que previa a realização de eleições diretas para a presidência da
República em novembro daquele ano. Como a emenda não obteve a votação
necessária para ser encaminhada ao Senado Federal, decidiu apoiar, no Colégio
Eleitoral reunido a 15 de janeiro de 1985, o candidato Tancredo Neves, lançado
pela Aliança Democrática, coligação do Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB) com a dissidência do Partido Democrático Social (PDS)
denominada Frente Liberal.
Gravemente doente, Tancredo não chegou a ser empossado, vindo
a falecer em 21 de abril de 1985. Foi substituído na presidência por seu vice
José Sarney, que vinha ocupando o cargo interinamente desde 15 de março.
No pleito de novembro de 1986, Clemir Ramos candidatou-se à
reeleição pelo PDT, mas obteve apenas uma suplência. Deixou a Câmara em janeiro
do ano seguinte, ao findar o seu mandato. Nas eleições de outubro de 1990, 1994
e 1998, voltou a candidatar-se a deputado federal na legenda do PDT, mas também
não conseguiu se eleger.
Casou-se
com Léa Maria Cortez Diniz Rocha Lima da Silva Ramos, com quem teve um filho.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1983-1987); Globo (26/4/84, 16/1/85,
7/10/98); TRIB. SUP. ELEIT. Dados (1998).