RAWSON, ARTURO
RAWSON,
Arturo
*militar e diplomata argentino; emb. Argentina no
Brasil 1943-1944.
Arturo Rawson nasceu
em Santiago del Estero, na Argentina, no dia 4 de junho de 1884, filho de
Franklin Rawson e de Juana Corvalán.
Ingressou no Colégio Militar em 1902, sendo promovido a
subtenente em 1905, ano em que concluiu o curso. Participou da Campanha do
Chaco sob as ordens do coronel Oddone até 1907, quando se tornou
segundo-tenente. Em 1911 ascendeu ao posto de primeiro-tenente, exercendo a
função de instrutor no Colégio Militar.
Promovido a capitão em 1916, cursou a Escola Superior de
Guerra de 1918 a 1920, tornando-se major em 1922. Oficial do Estado-Maior do
Exército argentino no período compreendido entre este último ano e 1925, ocupou
em seguida o cargo de segundo-chefe do 7º Regimento de Cavalaria, à frente do
qual se manteve até 1927. Tenente-coronel em 1928, foi oficial do estado-maior
da 4ª Brigada de Cavalaria, adido militar à legação argentina na Bolívia e
chefe da Divisão de Mobilização da Direção Geral de Administração.
Enquanto diretor da Escola de Cavalaria, entre 1931 e 1934,
foi promovido a coronel em 1932. Comandante da 3ª Brigada de Cavalaria, com
sede em Concórdia, na província de Entre Rios, foi chefe e diretor interino da
Divisão de Mobilização da Direção Geral de Pessoal. Assumiu em 1938 o comando
da 1ª Divisão de Cavalaria e, em 1939, foi promovido a general-de-brigada.
Desse ano até 1942 chefiou a Direção Geral de Remonta do Exército e de 1942 a 1943 comandou a Cavalaria do Exército sendo então promovido a general-de-divisão.
Em 4 de junho deste último ano chefiou o movimento militar
liderado pelo Grupo de Oficiais Unidos (GOU) que depôs o presidente da
República Argentina, Ramón Castello. O GOU era integrado por oficiais de elite,
treinados por técnicos militares alemães, entre os quais o então coronel Juan
Domingo Perón, que viria a assumir a presidência da Argentina em 1946. Com o
estabelecimento de uma ditadura provisória, após a queda de Castello, o general
Rawson exerceu nos primeiros momentos a presidência da República. Em agosto
seguinte, foi nomeado embaixador extraordinário e plenipotenciário no Brasil,
assumindo o cargo em outubro de 1943, em substituição a Adrián Escobar.
Renunciou ao cargo em fevereiro do ano seguinte, sendo substituído por Felipe
Espil. Logo a seguir passou para a reserva.
Faleceu em Buenos Aires no dia 8 de outubro de 1952.
Era casado com Delia Borda, com quem teve sete filhos.
Além de colaborar nos diários La Nación e La Prensa, escreveu
folhetos sobre a organização militar na Bolívia e publicou Argentina y Bolívia
en la epopeya de la emancipación.
A cidade argentina de Rawson possui esse nome em sua
homenagem.
FONTES: CORRESP.
EMB. ARGENTINA; Grande encic. Delta; Quien.