REBELO, JOSÉ PIRES
REBELO,
José Pires
*dep. fed. PI 1918-1923; sen. PI 1923 e 1935-1937.
José Pires Rebelo nasceu
em Piripiri (PI) no dia 12 de setembro de 1877, filho de Tomás Rebelo e de Lina
Cassiano Pires Rebelo.
Realizou os primeiros estudos na Bahia, em Recife, em
Fortaleza e em Teresina. Em 1900 formou-se em engenharia civil pela Escola
Politécnica do Rio de Janeiro, no então Distrito Federal.
Começou a exercer a profissão como construtor de estradas em
Pernambuco. Filiado ao Partido Liberal (PL), participou da Campanha Civilista,
movimento de caráter antimilitarista que promoveu entre 1909 e 1910 a
candidatura de Rui Barbosa à presidência da República, em oposição à do marechal
Hermes da Fonseca, vitorioso no pleito de março de 1910.
Em dezembro de 1909, quando da sucessão do governador de seu
estado, Anísio de Abreu, juntou-se ao grupo oposicionista, ao lado de Antônio
Ribeiro Gonçalves e Matias Olímpio. Esse grupo, no entanto, foi derrotado na
eleição de março de 1910. Viajou então para o Rio de Janeiro, seguindo
posteriormente para o Maranhão. Nesse estado voltou a exercer sua profissão,
construindo uma estrada de ferro ao longo do rio Itapicuruí. Alguns anos depois
voltou à política no Piauí, participando da campanha eleitoral de Eurípedes de
Aguiar, candidato oposicionista ao governo do estado, eleito no pleito de 1916.
Prefeito
de Teresina e diretor de Obras Públicas do Piauí, em 1918 elegeu-se deputado
federal por esse estado. Assumindo sua cadeira em maio desse ano e reeleito em
1921, permaneceu na Câmara até 1923, quando passou a ocupar no Senado a vaga de
Félix Pacheco, nomeado ministro das Relações Exteriores. Nesse mesmo ano deixou
o Senado. Em 1929-1930 participou da campanha da Aliança Liberal em torno da
candidatura de Getúlio Vargas à presidência da República.
Em maio de 1933, após a Revolução de 1930, candidatou-se à
Assembléia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Republicano do Piauí,
oposicionista, obtendo apenas uma suplência. Em seguida foi eleito senador pela
Assembléia Constituinte do Piauí, assumindo sua cadeira em maio de 1935.
Segundo-secretário do Senado, permaneceu nessa casa até 10 de novembro de 1937,
quando o advento do Estado Novo (1937-1945) dissolveu os órgãos legislativos do
país.
Em fevereiro de 1945, já doente, lançou um manifesto ao povo
piauiense conclamando-o a combater o regime do Estado Novo, derrubado em
outubro desse mesmo ano.
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 1º de dezembro de
1947.
FONTES: ARQ.
OSVALDO ARANHA; Boletim Min. Trab.; Diário do Congresso Nacional; Grande encic.
Delta; Ilustração Brasileira (12/22); LIRA, A. Senado; SENADO. Anais (2/5/35);
SENADO. Dados.