REGO, HUMBERTO BAENA DE MORAIS
REGO,
Humberto Baena de Morais
*militar; rev. 1935.
Humberto Baena de Morais Rego cursou a Escola Militar do
Realengo, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, tornando-se
aspirante-a-oficial em 1934. Já como segundo-tenente intendente, lotado no 3º
Regimento de Infantaria (3º RI), na Praia Vermelha, no Rio, participou da
Revolta Comunista de novembro de 1935. O movimento, promovido pelo Partido
Comunista Brasileiro, então Partido Comunista do Brasil (PCB), em nome da
Aliança Nacional Libertadora (ANL) e liderado por Luís Carlos Prestes, foi
deflagrado no dia 23 de novembro no 21º Batalhão de Caçadores (21º BC), em
Natal, e no dia seguinte no 29º BC, em Recife. No Rio de Janeiro, eclodiu no dia 27 do mesmo mês no 3º RI, sob a chefia dos capitães
Agildo Barata, José Leite Brasil e Álvaro de Sousa, e também na Escola de
Aviação Militar do Campo dos Afonsos.
Segundo seu depoimento no inquérito da polícia do Distrito
Federal, logo no início da revolta no 3º RI Humberto Baena prendeu o tenente
Alzir de Melo e ordenou o envio de caixas de granadas de mão ao Cassino dos
Oficiais. Negou que houvesse defendido o fuzilamento dos oficiais presos em seu
regimento, mas confessou a autoria da prisão do subcomandante do 3º RI, o
tenente-coronel Henrique Pereira.
De acordo com declarações do capitão Anacleto Silva, oficial
das forças legalistas, Humberto Baena foi um dos militares que mais se
rebelaram quando a liderança da revolta decidiu negociar com os legalistas que
cercavam o quartel, por volta do meio-dia do dia 27. Nessa ocasião, as tropas
da 1ª Região Militar, comandadas pelo general Eurico Gaspar Dutra, invadiram o
3º RI, forçando a rendição dos revoltosos. O movimento, que já havia sido
sufocado nos demais pontos do país, foi rapidamente controlado na
capital, seguindo-se uma violenta repressão a todos os opositores do governo.
Ainda em dezembro de 1935, Humberto Baena teve sua patente
cassada por força do Decreto nº 558 e em maio de 1937 foi condenado pelo
Tribunal de Segurança Nacional a oito anos de prisão.
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 20 de novembro de 1995.
FONTES: CAMPOS, R. Tribunal;
Jornal do Brasil (26/11/95); MIN. GUERRA. Almanaque (1934);
PORTO, E. Insurreição; SILVA, H. 1935; SILVA, H. 1937.