MEDEIROS, RIVALDO
MEDEIROS,
Rivaldo
*dep. fed. PB 1991-1995.
Rivaldo Nóbrega Medeiros nasceu
em Patos (PB) no dia 2 de dezembro de 1931, filho de Godofredo Cunha Medeiros e
de Maria Nóbrega Medeiros.
Transferiu-se para Salvador em 1953 e ingressou na Escola
Baiana de Medicina (EBM), pela qual se formou em 1958. Tornou-se em 1965 chefe
do posto médico do Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU)
em sua cidade natal.
Médico
e empresário, iniciou sua carreira política filiando-se ao Partido Democrático
Social (PDS). Posteriormente, deixou essa agremiação e se filiou ao Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), em cuja legenda se elegeu prefeito de
Patos no pleito de novembro de 1982. Foi empossado em janeiro do ano seguinte
e, com a prorrogação dos mandatos dos prefeitos e vereadores para que as
eleições municipais voltassem a ser realizadas em período diferente do das
eleições para governadores, deputados e senadores, acabou ganhando mais dois
anos de mandato. Permaneceu à frente do Executivo de sua cidade até 1º de
janeiro de 1989.
Com o crescimento do Partido da Reconstrução Nacional (PRN),
em virtude da ascensão meteórica da candidatura de Fernando Collor à
presidência da República em 1989, Rivaldo Medeiros deixou o PMDB e se filiou a
esta agremiação, tornando-se coordenador da campanha do candidato desse partido
na região. A vitória de Collor o incentivou a disputar uma cadeira na Câmara
dos Deputados.
No
pleito de outubro de 1990 elegeu-se deputado federal pela Paraíba na legenda do
PRN, assumindo seu mandato em fevereiro do ano seguinte. Foi membro titular da
Comissão de Seguridade Social e Família e suplente da Comissão de Economia,
Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados. Ainda em 1991 integrou a Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a impunidade de traficantes e o
crescimento do consumo de drogas.
O
deputado não compareceu à sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de
1992, em que foi aprovada a abertura do processo de impeachment do
presidente Fernando Collor de Melo, acusado de crime de responsabilidade por
ligações com um esquema de corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua
campanha presidencial, Paulo César Farias. Afastado da presidência após a
votação na Câmara, Collor renunciou ao mandato em 29 de dezembro de 1992, pouco
antes da conclusão do processo pelo Senado Federal, que decidiu pelo seu
impedimento definitivo, sendo efetivado na presidência da República o vice
Itamar Franco, que já vinha exercendo o cargo interinamente desde 2 de outubro.
Com
a saída de Collor e o declínio do PRN, Rivaldo Medeiros deixou essa agremiação
e se filiou ao Partido da Frente Liberal (PFL). Obteve apenas a terceira
suplência no pleito de outubro de 1994, ao qual concorreu na legenda do PFL, em
coligação com o PRN, o Partido Democrático Trabalhista (PDT), o Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido Liberal (PL). Permaneceu na Câmara dos
Deputados até o fim de janeiro do ano seguinte, quando se encerrou a
legislatura. Voltou a concorrer a um cargo eletivo no pleito de outubro de 1998,
quando disputou uma cadeira de deputado estadual na legenda do PFL, integrando
uma coligação comandada pelo PMDB. Como não conseguiu se eleger, retomou em
seguida suas atividades de médico e empresário.
Em outubro de 2009, residia em Campina Grande (PB).
Casou-se com Geralda Freire Medeiros, que foi deputada
estadual e prefeita de Patos, com quem teve cinco filhos. Após o falecimento
desta em 1994, casou-se com Girlane Silva Torres Medeiros, com quem não teve
filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1991-1995); Globo (30/9/92); Perfil
parlamentar/IstoÉ; TRIB. REG. ELEIT. PB. Relação (1998); TRIB. SUP.
ELEIT. Resultado (1998); INF. GIRLANE TORRES MEDEIROS.