SANTINI,
Vílson
*dep. fed. PR 1995-1996.
Vílson Santini nasceu
em Tucunduva (RS) no dia 8 de novembro de 1947, filho de Ângelo Santini e de
Honorina Santini.
Empresário,
foi radialista na Rádio Esperança de Prudentópolis (PR) em 1984. Em 1988
filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e em outubro do mesmo ano
concorreu com êxito à prefeitura do município por aquela legenda. Empossado em
janeiro de 1989, encerrou o mandato em dezembro de 1992.
No pleito de outubro de 1994, elegeu-se deputado federal pelo
Paraná na legenda do PTB. Seu reduto eleitoral foi Prudentópolis e municípios
vizinhos. Empossado em fevereiro de 1995, integrou como titular a Comissão de
Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias; Comissão Especial Código
Aduaneiro do Mercosul; e, como suplente, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
Direitos Autorais, a de Ciência e Tecnologia, a de Comunicação e Informática,
da Comissão Especial PEC nº 9/95 de incentivo ao turismo.
Nas
votações das emendas constitucionais propostas pelo governo Fernando Henrique
Cardoso em 1995, seguindo a orientação do seu partido, Vílson Santini votou a
favor da quebra do monopólio dos estados na distribuição de gás canalizado, da
mudança no conceito de empresa nacional, da quebra do monopólio estatal das
telecomunicações, da prorrogação do Fundo Social de Emergência (FSE),
rebatizado de Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), que permitia que o governo
gastasse 20% da arrecadação de impostos sem que estas verbas ficassem
obrigatoriamente vinculadas aos setores de saúde e educação, da quebra do
monopólio das embarcações nacionais na navegação de cabotagem e da quebra do
monopólio da Petrobras na exploração de petróleo.
Nas votações das emendas constitucionais apresentadas, em
1995, pelo governo Fernando Henrique Cardoso, Santini acompanhou sempre as
orientações da base parlamentar governista na Câmara, pronunciando-se
favoravelmente à abertura da navegação de cabotagem às embarcações
estrangeiras, à revisão do conceito de empresa nacional, à abolição do
monopólio estatal nas telecomunicações, na exploração do petróleo e na
distribuição do gás canalizado pelos governos estaduais, e à prorrogação do FEF
— antigo FSE —, criado na legislatura anterior para garantir o financiamento do
plano de estabilização econômica do governo (Plano Real).
Em junho de 1996 votou a favor da criação da Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) — que substituiu o Imposto
Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF) —, imposto de 0,2% sobre
transações bancárias criado como fonte complementar de recursos para a saúde.
Em
outubro desse ano, candidatou-se, sempre pela legenda do PTB, à prefeitura de
Prudentópolis tendo sido eleito com 12.422 votos. Sendo bem-sucedido, deixou a
Câmara dos Deputados ainda em dezembro desse ano, e sua vaga foi ocupada por
Alexandre Ceranto do Partido da Frente Liberal (PFL). Ainda nesse ano,
participou como titular de comissão especial sobre a ação dos cassinos no
Brasil.
Em janeiro de 1997, tomou posse na prefeitura de
Prudentópolis, tendo renunciado ao mandato de deputado em dezembro do ano anterior.
Durante sua administração do município mudou de legenda partidária filiando-se
ao PFL. No pleito de outubro de 2000 candidatou-se a reeleição à prefeitura de
Prudentópolis por este partido, obtendo apenas um segundo lugar com 11.799
votos tendo sido derrotado por Vilson Santini do Partido Progressista.
Em outubro de 2004 voltou às urnas concorrendo mais uma vez à
prefeitura de Prudentópolis pelo PFL e elegendo-se com 11.195 votos contra
11.011 dados ao segundo colocado, Gilberto Agibert Filho do Partido Popular
Socialista (PPS). Após ser empossado na prefeitura retornou ao PTB. No pleito
de outubro de 2008 Santini foi novamente candidato à reeleição para a
prefeitura de Prudentópolis pelo PTB, obtendo apenas 8.543 votos e sendo dessa
feita derrotado pelo ex-vereador Gilvan Agibert do PPS que alcançou 10.470
votos.
Após o término de seu mandato em dezembro de 2008 foi alvo de
três ações civis públicas movidas pelo Ministério Público (MP) do estado em
2009 por improbidade administrativa. Segundo divulgado pela imprensa, Santini
teria deixado dívidas na administração municipal desrespeitando a Lei de
Responsabilidade Fiscal. Ainda em 2009 foi multado pelo Tribunal de Contas do estado
do Paraná por irregularidades na prestação de contas de um convênio entre a
prefeitura e a secretaria estadual de educação, devido à dispensa de licitação
para contratar a empresa que faria o transporte dos estudantes da área rural do
município. Em setembro de 2009 a promotoria de Justiça de Prudentópolis ajuizou
ação civil pública de improbidade administrativa envolvendo a má gestão de
recursos públicos durante a gestão de Vilson Santini.
Casou-se com Lúcia Santini, com quem teve três filhos.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1995-1999); Olho no
Congresso/Folha de S. Paulo (31/1/95, 14/1/96, 30/1/97); O Estado do
Paraná (02/10/2003); Jornal do Estado (02/09/2009); Gazeta do
Povo (16/09/2009; http://www2.camara.gov.br/ (último acesso em 12/12/2009);
http://www.tse.gov.br/
(último acesso em 12/12/2009); http://www.parana-online.com.br/ (último
acesso em: 12/12/2009).