SANTOS, ADELINO DEICOLA DOS
SANTOS, Adelino Deicola
dos
*rev. 1935.
Adelino Deicola dos Santos pertencia
ao Partido Comunista Brasileiro, então Partido Comunista do Brasil (PCB),
quando em junho de 1934, durante a I Conferência Nacional do PCB, elegeu-se
membro do secretariado nacional do partido, juntamente com Lauro Reginaldo da
Rocha, Honório de Freitas Guimarães e Antônio Maciel Bonfim. No PCB usou os
pseudônimos de Tampa, Tampinha, T, Tamp, Simão e Germano.
No dia 26 de novembro de 1935, ainda como membro do
secretariado nacional do partido, ao lado de Luís Carlos Prestes, Harry Berger,
Rodolfo Ghioldi, Léon Jules Vallée, Antônio Maciel Bonfim, Honório Freitas
Guimarães e Lauro Reginaldo da Rocha, participou de uma reunião, realizada na
casa de José Desidério, o “Estivador”, na qual foram acertadas as diretrizes do
PCB para a Revolta Comunista que seria deflagrada no dia seguinte no Rio de Janeiro,
com objetivo de instaurar no país um governo popular-revolucionário, sob a
liderança de Luís Carlos Prestes.
Segundo
inquérito da polícia do Distrito Federal, baseado numa carta de Antônio Maciel
Bonfim, então secretário-geral do PCB, Adelino Deicola dos Santos teria
participado de uma reunião onde se teria discutido o trabalho de massas do
partido, segundo a linha do VI Congresso da Internacional Comunista. Em 1936,
após a prisão de Antônio Maciel Bonfim, também conhecido por Adalberto
Fernandes ou por Miranda, e de Elsa Fernandes, sua companheira, foi designado
pela direção do partido para instaurar um inquérito visando apurar o auxílio
prestado à polícia por Elsa Fernandes após sua prisão e a de seu companheiro.
Mais tarde integrou, juntamente com Lauro Reginaldo da Rocha, Eduardo Ribeiro
Xavier, Francisco Lira e José Cavalcanti, o “tribunal vermelho” que condenou
Elsa Fernandes à morte. Ainda em 1936 tornou-se o encarregado de agitação e
propaganda do partido.
Acusado de ser um dos líderes do movimento de 1935, foi
condenado a quatro anos e quatro meses de prisão pelo Tribunal de Segurança
Nacional (TSN) em maio de 1937.
FONTES: CAMPOS, R. Tribunal;
DULLES, J. Anarquistas; PORTO, E. Insurreição; RODRIGUES,
L. PCB; SILVA, H. 1937.