SCHIRMER,
César
*
dep.fed. RS 1999-2007, 2008.
César
Augusto Schirmer
nasceu em Santa Maria (RS) no dia 23 de fevereiro de 1952, filho de Célio
Schirmer e de Bruneta Vilma Segabinazzi Schirmer.
Deu
início à sua atuação política em 1972, filiando-se ao Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar instaurado no Brasil em
abril de 1964. Ainda em 1972, com apenas 20 anos, elegeu-se à Câmara Municipal
de Santa Maria, no pleito realizado em novembro. Vereador mais jovem então eleito nesta cidade, assumiu seu mandato em janeiro
seguinte.
Em novembro de 1974, elegeu-se
deputado estadual pelo MDB gaúcho. Neste mesmo ano, graduou-se em direito pela
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), instituição na qual também estudou
ciências econômicas, sem, no entanto, concluir o curso. Empossado no
Legislativo Estadual em fevereiro de 1975, tornou a se candidatar à Assembléia
gaúcha nas eleições de novembro de 1978. Reeleito deputado estadual pelo MDB,
assumiu o cargo em fevereiro do ano seguinte.
Com a extinção do bipartidarismo em
novembro de 1979 e a conseqüente reformulação partidária, filiou-se, no início
da década de 1980, ao Partido
do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), sucessor do MDB. Nesta legenda,
reelegeu-se deputado estadual em novembro de 1982, sendo empossado em fevereiro
do ano seguinte.
Assumiu a presidência do Diretório
Regional do PMDB gaúcho em 1985 e, no ano seguinte, elegeu-se deputado nas
eleições estaduais constituintes realizadas em novembro. Assumindo sua cadeira em fevereiro de 1987, neste mesmo ano licenciou-se do mandato
para assumir a Secretaria de Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul e, a partir
de 1989, a Secretaria Extraordinária
para Assuntos da Casa Civil, ambas no
governo de Pedro Simon (1987-1990).
Em 1990, Schirmer deixou a presidência
do Diretório Regional do PMDB e, em outubro deste mesmo ano, candidatou-se
novamente a deputado estadual. Eleito para seu quinto mandato consecutivo,
tomou posse em fevereiro seguinte. Em
outubro de 1992, candidatou-se a prefeito de Porto Alegre na coligação formada
pelo PMDB e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB),
sendo derrotado no 2° turno realizado em novembro pelo candidato do Partido dos
Trabalhadores (PT), Tarso Genro. Em 1993, assumiu novamente a presidência do
Diretório Regional do PMDB, exercendo esta função até o ano seguinte.
Concluído o mandato de deputado
estadual em janeiro de 1995, assumiu em seguida a Secretaria de
Agricultura e do Abastecimento do Rio Grande do Sul no
governo de Antônio Brito (1995-1998), cargo no qual permaneceu
até 1998.
Vice-presidente nacional do PMDB, no
pleito de outubro deste último ano elegeu-se deputado federal com 89.156
votos na coligação formada pelo PMDB, Partido da Frente Liberal (PFL), Partido
Republicano Progressista (PRP), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB)
e Partido Social Cristão (PSC), sendo empossado em janeiro de 1999.
Candidatou-se à prefeitura de Santa
Maria em outubro de 2000 na coligação composta pelo PMDB e o Partido da Social
Democracia Brasileira (PSDB), mas foi derrotado por Valdeci Oliveira,
representante da coligação composta pelo PT, PCdoB e Partido Socialista
Brasileiro (PSB).
Reeleito deputado federal em outubro
de 2002 pela coligação PMDB e Partido Humanista Social (PHS) com 86.647 votos,
assumiu o seu segundo mandato na Câmara em janeiro seguinte. Em agosto de 2003,
Schirmer votou contrariamente ao Projeto de Emenda Constitucional (PEC) do
governo federal que previa, entre outras medidas, a adoção da contribuição dos
inativos e a instituição de um teto salarial para as aposentadorias dos
servidores públicos. Também no mesmo ano, deixou a vice-presidência do PMDB.
Durante a legislatura 2003-2007, ocupou a terceira vice-presidência da Comissão
de Desenvolvimento Urbano da Câmara, além de integrar a Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Em outubro de 2004, disputou mais uma
vez a prefeitura de Santa Maria na legenda peemedebista, perdendo novamente
para Valdeci Oliveira por uma diferença de menos de 1% dos votos válidos.
Em outubro de 2005, como integrante do
Conselho de Ética da Câmara, foi nomeado relator no processo de cassação por
quebra de decoro parlamentar do ex-presidente da Casa, João Paulo Cunha, do PT de São Paulo, citado nos relatórios das comissões parlamentares de inquérito
(CPIs) dos Correios e do Mensalão. A primeira fora criada ainda em maio para
apurar denúncias de irregularidades na Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos envolvendo o deputado federal Roberto Jefferson, do Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB) do Rio de Janeiro. A segunda foi criada para
investigar a existência do suposto "mensalão", esquema que envolveria
altos escalões da administração federal e no qual deputados de partidos da base
aliada do Governo de Luís Inácio Lula da Silva (2003-2011) receberiam uma
quantia mensal em dinheiro para aprovar matérias no Congresso favoráveis ao
governo. Segundo Jefferson, autor da denúncia, o operador financeiro do esquema
do “mensalão” seria o empresário mineiro Marcos Valério, cabendo ao tesoureiro
do PT, Delúbio Soares, a distribuição da propina entre os congressistas. Ao
final de 120 dias de investigações, as CPIs chegaram ao fim sem concluir seus
trabalhos, não tendo ocorrido a votação de um relatório final para os casos.
Lamentando a absolvição de João Paulo Cunha na Câmara no início de abril de
2006, Schirmer decidiu se afastar do conselho.
Tentou
mais um mandato federal no pleito de outubro de 2006, sempre na legenda do
PMDB, mas, desta feita, com apenas 24.064 votos, obteve uma suplência. Deixou
com isso a Câmara em 31 de janeiro de 2007, ao findar o seu mandato. Durante a
nova legislatura (2007-2011), ocupou uma cadeira na Câmara como suplente nos
períodos de 8 de fevereiro a 11 de novembro de 2008 e de 24 de novembro a 29 de
dezembro de 2008, substituindo nas duas ocasiões o deputado Osmar Gasparini
Terra (PMDB), licenciado para ocupar o cargo de Secretário de Saúde do Rio
Grande do Sul no governo de Ieda Crusius (2007- ). Ainda nesta legislatura ,
Schirmer integrou como titular as comissões de Finanças e Tributação e de
Constituição e Justiça e de Redação; como titular, participou da Comissão de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Em
outubro de 2008, candidatou-se pela terceira vez à prefeitura de Santa Maria na
coligação formada por PMDB, PSDB, Democratas (DEM), Partido Progressista (PP),
Partido Popular Socialista (PPS), Partido Verde (PV) e Partido Trabalhista
Nacional (PTN). Finalmente eleito com 80.989 votos, derrotou na ocasião o
candidato do PT, Paulo Pimenta. Assumiu o mandato em janeiro do ano seguinte.
Casou-se
com Maria de Fátima Billig Schirmer, com quem teve três filhas.
Marcia
Gomes
FONTES:
Congresso em Foco. Disponível em : <http://congressoemfoco.ig.com.br>.
Acesso em : 01 set. 2009; Folha
de S.Paulo
(online) 01 set. 2005 e 06 abr. 2006. Disponível em : <http://www.folha.uol.com.br>. Acesso em : 01 set. 2009; Portal da
Câmara dos Deputados. Disponível em : <http://www.camara.gov.br>. Acesso em : 01 set. 2009; Portal do
TRE – RS. Disponível em : <http://www.tre-rs.gov.br>. Acesso em : 01 set. 2009; Portal do
TSE. Disponível em : <http://www.tse.gov.br>. Acesso em : 01 set. 2009;
Veja Agora
(online) 08 mar. 2006. Disponível em : <
http://www.jornalvejaagora.com.br>.
Acesso em : 01 set. 2009 ; Zero Hora (online) 04 jul. 2008. Disponível em :
<http:// zerohora.clicrbs.com.br>. Acesso em : 01 set. 2009.