TEMPORAL,
Amauri
*pres. ACRJ 1985-1989.
Amauri Temporal nasceu
em Recife no dia 27 de abril de 1938, filho dos empresários Átila Temporal e
Maria Alice Temporal.
Fez o curso primário no Colégio Ateneu São Luís e o ginasial
e o científico no Colégio Santo Antônio Maria Zaccaria, ambos no Rio de
Janeiro. Dirigiu sua formação para a área industrial, tendo estagiado na
Temporal S.A. Indústria de Isolantes Térmicos e Refratários e realizado cursos
técnicos e estágios na Inglaterra, de 1954 a 1955. Neste último mesmo ano,
tornou-se sócio-gerente da empresa. Em 1960, fez novo curso de especialização
no exterior, desta vez nos Estados Unidos. Diretor industrial da Temporal desde
1964, em 1972 cursou o Royal Holloway College, em Surrey, Inglaterra, na área
de refratários. Participou, ainda, dos ciclos de extensão da Escola Superior de
Guerra, entre 1977 e 1979.
Acumulando diversas funções, de 1979 a 1980 foi membro do
Conselho Fiscal da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de
Janeiro e, em 1982, tornou-se diretor-presidente da Riopart — Participações e
Empreendimentos S.A. à frente da qual permaneceria até 1992.
Em
1985, foi eleito presidente da Confederação das Associações Comerciais do
Brasil (CACB). Ao ser empossado no cargo, assumiu automaticamente as
presidências da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e da Federação
das Associações Comerciais, Industriais e Agropastoris do Rio de Janeiro
(FACIARJ). Sucedendo a Rui Barreto nas três entidades, em 1987 foi reeleito
para mais dois anos de mandato. Deixou assim a presidência da CACB em 1989,
tendo conseguido eleger seu sucessor, o empresário César Rogério Valente.
Na eleição desse ano, uma reforma nos estatutos da CACB, da
ACRJ e da FACIARJ determinou que as entidades passassem a eleger separadamente
seus próprios presidentes. Contrário à decisão, o ex-presidente da CACB, Rui
Barreto, impetrou uma ação na Justiça e conseguiu impedir a posse de César
Valente. Foram mantidas, no entanto, as eleições na ACRJ e na FACIARJ. Enquanto
a confederação era submetida a uma intervenção judicial de três anos, Paulo
Protásio foi eleito presidente da ACRJ. Em protesto contra a decisão da
Justiça, Valente anunciou a criação da Confederação Nacional das Associações
Comerciais, da qual tornou-se presidente.
Depois de sua gestão à frente da CACB, Amauri Temporal foi
indicado presidente honorário da Confederação. Além disso, tornou-se membro dos
conselhos Superior e de Estudos Estratégicos da ACRJ e grande benemérito da
entidade.
Em fins de abril de 1990, foi preso pela Polícia Federal,
juntamente com sua mãe, presidente da Temporal, e seu irmão, diretor da
empresa. Mantido em prisão domiciliar, sob a acusação de apropriação indébita e
sonegação de impostos, Temporal declarou que estava sendo usado como “bode
expiatório” pelo governo do presidente Fernando Collor de Melo. Dias depois, no
entanto, teve sua prisão e de sua família revogada pelo Tribunal Regional
Federal (TRF).
Em
1995, tornou-se diretor da FTX Consultoria Econômica. Dois anos depois, assumiu
o cargo de diretor do Centro Internacional de Negócios da Firjan e tornou-se
membro do Conselho Consultivo da Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira e do
Conselho Superior da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior. Em 1998,
foi eleito presidente da Comissão de Comércio do Capítulo Brasileiro do
Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos e, em dezembro do ano seguinte,
passou a integrar o Fórum de Líderes do Mercado Comum do Sul, do Instituto
Fórum de Líderes Empresariais da Gazeta Mercantil.
Ao longo de sua carreira, foi ainda primeiro vice-presidente
do Centro Industrial do Rio de Janeiro e chairman do Comitê de Negócios
da British Chamber of Commerce in Brazil.
Casou-se com Ana Margareta Temporal, com quem teve dois
filhos.
Publicou Liberdade sempre (1989), De vinhos e rosas
(1992) e Bom Tempo na França (2004), além de mais de 250 artigos e papers.
Proferiu também várias palestras no Brasil e no exterior, sempre tratando de
temas relacionados ao comércio e à indústria.
FONTES: CURRIC.
BIOG.; Estado de S. Paulo (28/4/90); Globo (7/1 e 14/10/86,
18/9/91); INF. BIOG.; Jornal do Brasil (3/4/87, 5 e 15/5/90, 16/9/91);
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