SANTA ROSA, VIRGÍNIO
SANTA ROSA,
Virgínio
*dep. fed. PA 1951-1959.
Virgínio Marques Santa Rosa nasceu em Belém no dia 2 de abril de 1905, filho do
desembargador Emílio Américo Santa Rosa e de Tarcila Pinto Santa Rosa.
Cursou o Instituto Nossa Senhora de Nazaré, em sua cidade natal,
e o Instituto Lafayette, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Formou-se
engenheiro ferroviário pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1927,
passando a trabalhar em sua especialidade no Departamento Nacional de Estrada
de Ferro (DNEF), órgão do Ministério dos Transportes.
Filiou-se à Liga de Defesa da Cultura Popular, também chamada
Centro de Defesa da Cultura Popular, criada no Rio de Janeiro em abril de 1935
como um movimento político ligado à Aliança Nacional Libertadora (ANL). A liga
tinha por objetivo principal estabelecer a aproximação do trabalhador manual
com o trabalhador intelectual. Com a instalação do regime do Estado Novo, em
novembro de 1937, foi fechada e muitos de seus integrantes foram presos.
Após
a extinção do Estado Novo (29/10/1945), Santa Rosa elegeu-se, em dezembro de
1945, suplente de deputado pelo Pará à Assembléia Nacional Constituinte na
legenda do Partido Popular Sindicalista (PPS). No ano seguinte, foi eleito
deputado estadual pelo Partido Social Progressista (PSP) tomando posse em 1947.
No pleito de outubro de 1950 obteve um mandato na Câmara dos Deputados na
legenda da Coligação Democrática Paraense, integrada pela União Democrática
Nacional (UDN), o Partido Libertador (PL), o Partido Social Trabalhista (PST) e
o PSP, ao qual era filiado. Tomou posse em fevereiro de 1951 e, reeleito em
outubro de 1954 na legenda do PSP, tornou-se vice-líder do partido na Câmara em
junho de 1957. Findo o seu mandato em janeiro de 1959, não mais retornou à
Câmara dos Deputados.
Em sua carreira de engenheiro, integrou o Serviço Geológico e
Mineralógico do Ministério da Agricultura, servindo no Setor de Carvão de Pedra
e Petróleo. No Departamento Nacional de Estradas de Ferro (DNEF), órgão do
Ministério dos Transportes, chefiou a construção da Estrada de Ferro Maricá
(RJ) e dirigiu as ferrovias de Bragança (PA), de São Luís-Teresina e de Goiás.
Extinto o DNEF por ato governamental, aposentou-se por tempo de serviço, em
dezembro de 1964.
Afastado do cenário político desde então, dedicou-se à
literatura.
Virgínio Santa Rosa foi ainda colaborador na imprensa de
Belém, tendo escrito nos jornais Folha do Norte e Província do Pará; e diretor administrativo da Companhia Nacional de Seguro
Agrícola.
Casou-se com Diná Lemos Santa Rosa, com quem teve um filho.
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 28 de julho de 2001.
Publicou A desordem (1932), O sentido do tenentismo (1933), A estrada e o rio (romance, 1964), Paisagens do Brasil (1935) e Dostoievski: um cristão torturado (1980).
FONTES: CÂM. DEP. Deputados brasileiros.
Repertório (1946-1967); CÂM. DEP. Relação dos dep.; CÂM. DEP. Relação nominal dos senhores; CISNEIROS, A. Parlamentares; CRUZ, E. História do Pará; INF. Gilberto Lemos
Santa Rosa; ROQUE, C. Grande; TRIB. SUP. ELEIT.
Dados (1, 2, 3 e 4); Who’s who in Brazil.