ISSLER, VÍTOR
ISSLER,
Vítor
*dep. fed. RS 1952, 1955-1960, 1961-1962 e 1964-1974.
Vítor
Loureiro Issler nasceu em Passo Fundo (RS) no dia 12 de
março de 1901, filho de Artur Schell Issler e de Josefina Loureiro Issler.
Fez
o curso de humanidades no Ginásio Anchieta, em Porto Alegre, dedicando-se
posteriormente ao comércio, à agricultura e à indústria.
Em outubro de 1950 candidatou-se a deputado federal pelo Rio
Grande do Sul na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), obtendo a
segunda suplência, o que lhe permitiu tomar assento na Câmara entre julho e
dezembro de 1952. No pleito de outubro de 1954 conseguiu eleger-se deputado
federal por seu estado, sempre na legenda do PTB, iniciando seu mandato em
fevereiro do ano seguinte. Reelegeu-se no pleito de outubro de 1958, passando a
integrar a Frente Parlamentar Nacionalista (FPN), entidade suprapartidária
criada em 1957 com o objetivo de controlar a participação do capital
estrangeiro no país e defender uma política de desenvolvimento autônomo da
economia nacional. Interrompeu seu mandato de maio de 1960 a abril do ano
seguinte para exercer as funções de secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul,
no governo de Leonel Brizola.
Voltou a reeleger-se deputado federal em outubro de 1962, e,
de novembro desse ano a abril de 1964, quando ocorreu a deposição do presidente
João Goulart, foi diretor da Carteira de Crédito Geral do Banco do Brasil.
Deixando o cargo no estabelecimento oficial de crédito, reassumiu sua cadeira
na Câmara e, com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2
(27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se ao
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar
instalado no país em abril do ano anterior, e em cuja legenda reelegeu-se
novamente nos pleitos de novembro de 1966 e de 1970. Nesta última legislatura
tornou-se membro da Comissão de Orçamento e suplente das comissões de Economia
e de Agricultura e Política Rural.
Foi ainda presidente do Sindicato do Mate Rio-Grandense e do
Instituto Interestadual do Mate, em Santa Catarina, e membro das juntas
deliberativas do Instituto Nacional do Mate e do Instituto Nacional do Pinho.
Faleceu em Brasília no dia 20 de setembro de 1974, sendo sua
cadeira na Câmara ocupada por Léo Benhard Riffel.
Era casado com Maria Célia Magalhães Issler, com quem teve
quatro filhos.
Publicou Estrada do trigo (1956).
FONTES: CÂM. DEP.
Deputados brasileiros. Repertório (1971-1975); CISNEIROS, A. Parlamentares;
Correio do Povo (8/12/65); Estado de S. Paulo (5/9/62); Jornal do Brasil
(21/9/74); Perfil (1972).