MALTA, VITÓRIO
MALTA,
Vitório
*dep. fed. AL 1991-1995.
Vitório Manuel Malta Marques nasceu em Santana do Ipanema (AL) no dia 1º de julho de
1957, filho de Manuel Marques e de Maria do Socorro Malta Marques. Membro de
tradicional família de grandes proprietários, sua prima e cunhada Rosane Malta
Collor de Melo foi primeira-dama do país entre 1990 e 1992. Outra prima,
Denilma Vilar de Barros Bulhões, foi primeira-dama de Alagoas de 1991 a 1995.
Formado
em administração de empresas pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió, em
1980, fez parte do conselho de administração da Fundação Instituto de
Planejamento de Alagoas, em 1983, e foi diretor administrativo e diretor
comercial e financeiro da Companhia Estadual de Abastecimento de Água e
Saneamento, no governo de Fernando Collor de Melo (1987-1989). Deixou estes
cargos para assumir a Secretaria de Planejamento de Alagoas, na qual permaneceu
de 1988 a 1990, já no governo de Moacir Andrade.
No
pleito de outubro de 1990, concorreu na legenda do Partido Social Cristão (PSC)
e foi o candidato mais votado do estado, elegendo-se deputado federal com 47
mil votos. Titular das comissões de Constituição e Justiça, de Redação e de
Defesa Nacional, e suplente da Comissão de Seguridade Social e Família, foi um
dos 38 parlamentares que votaram contra o impeachment
do então presidente
Fernando Collor de Melo, na sessão de 29 de setembro de 1992, muito embora o
tenha feito em segunda chamada, quando o processo já estava decidido.
Acumpliciado com um esquema de corrupção liderado pelo ex-tesoureiro de sua
campanha presidencial, Paulo César Farias, Collor afastou-se da presidência
após a votação na Câmara e, pouco antes da conclusão do processo pelo Senado
Federal, em 29 de dezembro de 1992, renunciou ao mandato. O vice Itamar Franco,
que vinha exercendo o cargo interinamente desde 2 de outubro, o substituiu.
Nas
principais votações ocorridas durante o governo Itamar Franco (1992-1994),
Vitório Malta apoiou a criação do Fundo Social de Emergência (FSE) e votou
contra o fim do voto obrigatório.
Em
março de 1993, pronunciou no plenário da Câmara discurso no qual repudiou as
declarações de Pedro Collor de Melo, autor das primeiras denúncias de corrupção
que deram origem ao processo de impeachment,
e que também acusara a primeira-dama de adultério. Protestando contra o que
considerou uma solerte tentativa de “enlamear a honra das famílias Collor de
Melo e Malta, e por via oblíqua, o povo alagoano, que face às falsas acusações
tornou-se sinônimo de desqualificado”, Vitório Malta comunicou a decisão de
processar o irmão do ex-presidente por calúnia e difamação.
Sem concorrer à reeleição em outubro de 1994, retirou-se da
Câmara dos Deputados ao término da legislatura, em janeiro de 1995. Em 1999,
foi nomeado presidente da Companhia de Habitação de Alagoas, por indicação do
então governador Ronaldo Lessa. Filiado ao Partido Renovador Trabalhista
Brasileiro (PRTB), em outubro de 2002, disputou uma vaga na Assembléia
Legislativa de Alagoas e obteve uma suplência.
Foi ainda coordenador administrativo da Fundação Instituto de
Planejamento e secretário regional de planejamento do Instituto Nacional de
Previdência Social (INPS), ambos em Maceió; membro do Conselho de Programação
Financeira de Alagoas, do Conselho Estadual de Proteção Ambiental e
representante do governo estadual no Fórum Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico.
Casado com Rosânia Brandão Malta Marques, teve quatro filhos.
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros.
Repertório (1991-1995);
Folha de S. Paulo
(16/3/93 e 18/9/94); Globo
(16/3/93); Jornal do Brasil
(16/3/93); Perfil parlamentar
IstoÉ/Senhor.