NETTO, Walter Souza Braga
* militar; min. Casa Civ. Pres. Rep 2020-.
Walter Souza Braga Netto nasceu em Belo Horizonte no dia 11 de março de 1957.
Ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 1975. Tornou-se aspirante-a-oficial da arma de cavalaria em 1978, foi promovido a segundo-tenente em 1979, e passou a primeiro-tenente em 1980. Concluiu o curso de instrutor da Escola de Educação Física do Exército em 1981 e, três anos depois, em 1984, alçou ao posto de capitão.
Formou-se na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) em 1988. Concluiu a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) entre 1993 e 1994, e o curso de operações na selva, em 1996. Em 2001, foi nomeado Comandante do 1º Regimento de Carros de Combate (1º RCC) e promovido a coronel. Neste cargo, chefiou também a Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Realizou o curso técnico de blindados Leopard em 2002. Foi nomeado adido militar do Exército e atuou junto à Embaixada do Brasil na Polônia a partir de 2005. Em 2006, fez o curso de política, estratégia e alta administração do Exército. Foi promovido a general em 2009 e nomeado chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Oeste no mesmo ano. Em 2011, foi designado como adido de defesa junto à Embaixada do Brasil nos Estados Unidos.
Dois anos depois, em 2013, foi designado como secretário de segurança presidencial e chefe da Casa Militar da Presidência da República, mesmo ano em que foi nomeado coordenador-geral da assessoria especial dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro, que aconteceriam em 2016. Nesse período, ficou em evidência por conta da ação de ocupação do Complexo da Maré pelo Exército, ocorrida entre 2014 e 2015. Ainda em 2015, assumiu o comando da 3ª Divisa~o de Exe´rcito onde ficou até sua promoção ao comando do Estado-Maior do Exército (EME).Passou para o Comando Militar do Leste em 2016, e nesse período, o então governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, decretou estado de calamidade pública por conta da violência no estado e solicitou a intervenção federal. Por conta da experiência adquirida no planejamento da segurança dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, Braga Netto foi nomeado pelo então presidente da República, Michel Temer, interventor da segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Como resultado, as polícias civil, militar e os bombeiros, passaram para a responsabilidade do interventor.
Com a eleição de Jair Bolsonaro para Presidência da República, em 2018, foi convidado para assumir o Ministério da Casa Civil por indicação de Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, após a saída de Ônix Lorenzoni. Para tomar posse do cargo, Braga Netto antecipou a aposentadoria e entrou para a reserva do Exército.
No comando da Casa Civil da Presidência da República, defendeu o presidente Jair Messias Bolsonaro das acusações de interferência na Polícia Federal, feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. Nomeou um militar para a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o General Algacir Polsin. Também procurou minimizar os boatos sobre a demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde e anunciou o Plano Pró-Brasil, um programa de investimentos para recuperação da economia após a pandemia do novo coronavírus. Esteve ainda à frente da articulação entre ministérios para escolher o país que deve fornecer a tecnologia da redes 5g ao Brasil.
Casou-se com Kathya Braga Netto.