SALGADO, Wellington
* sen. MG 2005-2010.
Wellington
Salgado de Oliveira nasceu no Rio de
Janeiro, então Distrito Federal, no dia 24 de fevereiro de 1958, filho de
Joaquim de Oliveira, professor de educação física, e de Marlene Salgado de
Oliveira, pedagoga.
Formou-se em pedagogia pela
Universidade Federal Fluminense (UFF), onde também concluiu uma especialização
em administração de sistemas educacionais. Fez o doutorado em educação à
distância na Universidade Nacional de Educação a Distância (UNED) de Madri. Foi
professor de educação física no Colégio de Aplicação Dom Hélder Câmara, no Rio
de Janeiro, e jogador de basquete (conhecido no meio por Boró). Empresário,
presidente da Associação Comercial de São Gonçalo (RJ), incluiu em seus
negócios a TV Vitoriosa, retransmissora do SBT em Uberlândia (MG) e região, e a
TV Goiânia, retransmissora da TV Bandeirantes em Goiânia e região. Seus
investimentos concentraram-se principalmente em redes de ensino superior.
Tornou-se presidente da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura
(Asoec), mantenedora da Universidade Salgado de Oliveira (Universo) e do Centro
Universitário do Triângulo (Unitri).
Filiado ao Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB), em 2002 foi um dos maiores doadores da campanha
de Hélio Costa para o Senado por Minas Gerais e participou de sua chapa como
primeiro suplente. Hélio Costa foi eleito senador com 3.569.376 votos, assumiu
o mandato em fevereiro de 2003, mas em 8 de julho de 2005 licenciou-se do
Senado para assumir o Ministério das Comunicações. Com isso, Wellington Salgado
ocupou sua cadeira de senador.
Ao final de 2005, foi designado
segundo vice-presidente do Parlamento Cultural do Mercosul. Em meados do ano
seguinte, foi eleito presidente da Comissão de Educação do Senado, até o início
de 2007. Ainda em 2006, assumiu a liderança do PMDB e do Bloco da Maioria, em
substituição ao senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que se havia licenciado. No
início de 2007, foi eleito presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia,
Inovação, Comunicação e Informática.
Ainda em 2007, esteve envolvido na
defesa do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), então presidente do Senado,
acusado de ter despesas pessoais pagas pela empreiteira Mendes Júnior. Em
junho, por 24 horas, foi relator do processo de cassação de Renan no Conselho
de Ética. Seu afastamento da função implicou o adiamento do depoimento de
Renan. O processo chegou enfim ao plenário do Senado em setembro, e Renan foi
absolvido da acusação.
O crescimento da visibilidade
política de Wellington Salgado levou-o a ser alvo de uma série de denúncias nos
jornais. Vieram a público os processos de que era réu no Supremo Tribunal
Federal (STF), dois deles envolvendo crimes contra a ordem tributária e de
apropriação indébita previdenciária, relativos à Asoec. Segundo o Ministério
Público, a Receita Federal e o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS),
a Asoec descontara contribuição previdenciária de funcionários e prestadores de
serviço e não a repassara à Previdência. Salgado chegou a esboçar uma
desistência da vida política, mas voltou atrás. Também foi divulgado um
processo por doação irregular de um terreno para a Universo em Goiânia, cedido
por Renan Calheiros quando este era presidente da Campanha Nacional de Escolas
Comunidade (CNEC), entidade filantrópica que recebe recursos da União.
Em 2009, novas denúncias vieram a
público, agora por conta do uso indevido de verbas e cargos no Senado. Eliana
Maria de Jesus Ros trabalhava como secretária de Hélio Costa no Senado. Quando
este assumiu o Ministério das Comunicações, ela o acompanhou, mas seu salário
continuou a ser pago pelo Senado, tendo em vista que figurava como lotada no
gabinete de Wellington Salgado. Outra denúncia dizia respeito a uma viagem de
férias feita por Hélio Costa para Miami com a cota de passagens que Wellington
Salgado tinha no Senado. Posteriormente, surgiu a acusação de que um motorista
de Hélio Costa, que prestava serviço ao ministro em Belo Horizonte, também
seria pago pelo gabinete de Salgado, onde estava lotado como assistente
parlamentar.
Ainda em 2009, Salgado participou
novamente da defesa de um presidente do Senado – dessa vez, tratava-se de
denúncias contra José Sarney (PMDB-AP). Na época, era vice-presidente da
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Com o retorno do titular Hélio Costa,
deixou o Senado em Março de 2010. Candidatou-se a uma vaga de deputado nas
eleições de Outubro daquele ano, porém, com 50.169 votos obteve apenas a
suplência.
Em março de 2012 tornou-se
primeiro-secretário da Executiva Nacional do PMDB. No ano seguinte foi
escolhido como suplente da Comissão Executiva Nacional do partido.
Casado com Sabrina Della Pena, teve
seis filhos.
FONTES: Portal do
jornal Folha de São Paulo. Disponível em: <http://www.folha.uol.com.br>. Acesso em
6/10/2013; Portal do Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Disponível em:
<http://pmdb.org.br>. Acesso em 06/10/2013; Portal do Senado Federal.
Disponível em: <http://www.senado.gov.br>. Acesso em 06/10/2013; Portal
do Tribunal Superior Eleitoral. Disponível em: <http://www.tse.jus.br/>.
Acesso em 06/10/2013.