GRUPO DE AÇÃO PATRIÓTICA (GAP)
GRUPO
DE AÇÃO PATRIÓTICA (GAP)
Organização
criada durante o governo João Goulart (1961-1964) por jovens estudantes do Rio
de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais para se opor às reformas propostas pelo
Executivo. O GAP era contrário à legalização do Partido Comunista Brasileiro
(PCB), à encampação de refinarias particulares, à influência dos dirigentes
sindicais nos destinos do país, à representação estudantil em entidades como a
União Nacional dos Estudantes (UNE) e às Ligas Camponesas lideradas por
Francisco Julião. Defendia por outro lado a propriedade privada, a livre
iniciativa e uma democracia liberal, mas “livre do convívio com seus inimigos
confessos”.
O GAP também participou de atentados, principalmente contra
grupos que defendiam reformas estruturais e a ampliação da participação
política. Atuou ao lado de organizações congêneres, como a Ação dos Vigilantes
do Brasil e a Mobilização Democrática Mineira, todas intimamente ligadas ao
grupo liderado pelo almirante Sílvio Heck, que conspirava para derrubar o
governo de Goulart.
Seu representante Aristóteles Drummond participou em várias
ocasiões dos “comícios pela democracia” organizados pelo deputado Fidélis
Amaral Neto, contando sempre com o apoio dos órgãos dos Diários Associados e do
jornal O Globo.
FONTES: BANDEIRA,
M. Presença; SILVA, H. 1964.