PARTIDO PROGRESSISTA RADICAL DO RIO DE JANEIRO
PARTIDO
PROGRESSISTA RADICAL DO RIO DE JANEIRO
Partido político fluminense criado em 23 de outubro de 1937
com objetivo de apoiar o governador Protógenes Guimarães. Foi extinto com os
demais partidos pelo decreto de 2 de dezembro do mesmo ano, após a instalação
do Estado Novo.
As
lutas políticas no estado do Rio de Janeiro levaram os integrantes dos vários
partidos existentes à idéia de formar um grande partido unificador que deveria
se denominar Partido Liberal Fluminense. A partir de janeiro de 1936,
iniciaram-se as articulações entre integrantes do Partido Popular Radical
(PPR), da União Progressista Fluminense (UPF), do Partido Evolucionista, do
Partido Republicano Fluminense (PRF) e dissidentes do Partido Socialista
Fluminense (PSF) para a formação dessa nova agremiação. Um comitê de cinco
membros, composto por Heitor Collet, do PPR; César Tinoco, do PSF; Ismar
Tavares, do Partido Evolucionista; Arnaldo Tavares, do PRF; e Cardilho Filho,
da UPF, foi incumbido de elaborar um projeto de estatutos. Em abril de 1936,
foi constituída a comissão do Partido Liberal Fluminense, integrada por Raul
Fernandes, Heitor Collet, João Guimarães, José Waltz, Lemgruber Filho, Arnaldo
Tavares, César Tinoco, Bernardo Belo, Luís Sobral, Eduardo Duvivier, Cardilho
Filho, Clodomiro de Vasconcelos, Correia de Castro e Ismar Tavares. O Partido
Liberal Fluminense concorreu em vários municípios às eleições para prefeitos e
vereadores.
Em
agosto de 1936, os jornais noticiaram a reorganização do Partido Liberal
Fluminense. No início de 1937, porém, as forças políticas que apoiavam o
governador Protógenes Guimarães propuseram a criação de um novo partido. Foi
constituída uma comissão incumbida de elaborar seus estatutos, e, em reunião de
23 de outubro de 1937, os estatutos e o programa do Partido Progressista
Radical foram aprovados, sendo eleito seu presidente Protógenes Guimarães. O
registro do Partido Progressista Radical no Tribunal Regional Eleitoral foi
feito em 7 de novembro de 1937, três dias antes da decretação do Estado Novo.
Alzira Alves de Abreu
FONTES: Diário de
Notícias, Rio (1930-7); Estado, Rio (1930-7).