PARTIDO SOCIAL NACIONALISTA (PSN)
PARTIDO
SOCIAL NACIONALISTA (PSN)
Partido político mineiro fundado em 20 de fevereiro de 1932 e
dissolvido em maio do mesmo ano, pouco antes de eclodir a Revolução
Constitucionalista em São Paulo.
Em
fevereiro de 1931 foi criada a Legião de Outubro, ou Legião Revolucionária do
estado de Minas, que recebeu o nome de Legião Liberal Mineira. Destinada a
combater o Partido Republicano Mineiro (PRM) e seu chefe Artur Bernardes, a
organização recebeu o apoio do presidente estadual Olegário Maciel e a adesão
de diversos perremistas contrários a Bernardes.
A
luta e o confronto entre as forças da Legião Mineira e do PRM suscitaram,
entretanto, a necessidade de uma conciliação política no estado. Essa
pacificação tornou-se ainda mais premente após a tentativa de deposição de
Olegário Maciel, atribuída ao PRM, em agosto de 1931.
O Acordo Mineiro, negociado entre a Legião Liberal, ou seja,
o governo chefiado por Olegário, e o PRM, ou seja, a numerosa facção do antigo
partido que obedecia à orientação de Artur Bernardes, foi finalmente assinado a
20 de fevereiro de 1932 por Gustavo Capanema (pelo governo estadual), Venceslau
Brás (pela Legião Mineira) e Virgílio de Melo Franco (pelo PRM). Esse acordo,
pelo qual as duas organizações se obrigavam a colaborar na obra de
“reerguimento e reconstrução do estado e da República”, foi a origem do Partido
Social Nacionalista.
A
imprensa da época, bem como alguns políticos, insistiu em chamar o PSN de
Frente Única Mineira. Na verdade, porém, o PSN não constituiu uma autêntica
frente única, como a de São Paulo ou a do Rio Grande do Sul, formadas, estas
sim, a partir da aliança de partidos diferentes com base num programa comum. O
PSN, que devido à sua pouca expressão tornou-se conhecido como o “Partido Sem
Nome”, visava apenas apaziguar o quadro político estadual.
No início de maio de 1932, Venceslau Brás renunciou à direção
do PSN, enquanto Virgílio de Melo Franco desligava-se de seus quadros. A
atitude desses líderes decorreu de suas posições antagônicas diante da
participação do PSN na formação de um bloco pró-Constituinte, ao lado da Frente
Única Paulista e da Frente Única Gaúcha. Enquanto Virgílio seria contrário à
formação do bloco, Venceslau Brás teria defendido a formalização dos
entendimentos com os paulistas. Esse episódio marcou a dissolução do partido.
Mal conseguindo sobreviver na conjuntura que antecedeu a
Revolução Paulista de julho de 1932, com a eclosão desta a idéia geradora do PSN
foi definitivamente abandonada.
FONTES: BASBAUM, L.
História; CARONE, E. República nova; CARONE, E. Segunda; Diário Carioca (8 e
10/5 e 9/11/32); FONTOURA, J. Acuso; Gazeta do Povo (12/11/32); República
(25/11/32).