PROJETO CAMELOT
PROJETO CAMELOT
Projeto concebido em fins de 1963 por um grupo de oficiais do
setor de pesquisas do Departamento de Defesa do Exército dos Estados Unidos que
acreditavam que os EUA teriam a importante missão de promover o desenvolvimento
de uma sociedade estável com paz e justiça para todos, procurando meios de
evitar revoluções geradas por tensões sociais na América Latina.
O
projeto, orçado em seis milhões de dólares, deveria ser desenvolvido em três ou
quatro anos pelo Exército dos EUA em colaboração com a American University, de
Washington, com o objetivo de descobrir as causas de levantes e revoluções nos
países em desenvolvimento, especialmente na América Latina. Em seguida,
seriam identificadas as ações que os governos desses países poderiam empreender
para reduzir as condições consideradas como propiciadoras de guerra interna.
Os países incluídos no Projeto Camelot foram: da América
Latina, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, República
Dominicana, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai e Venezuela: do Oriente
Médio, Egito, Irã e Turquia: do Extremo Oriente, Coréia, Indonésia, Malásia,
Tailândia: da Europa, França e Grécia e da África, a Nigéria.
A
Organização para Operações Especiais de Pesquisa, agência controlada pela
American University, pretendia recrutar intelectuais selecionados em todo o
mundo para, a título individual, realizarem as pesquisas encomendadas segundo
os objetivos do projeto. O projeto começou a ser desenvolvido no Chile, onde
foi denunciado como ingerência indevida dos EUA nos negócios internos daquele
país. As reações surgidas em diversos países-alvo, bem como no próprio meio
universitário norte-americano, fizeram com que o Projeto Camelot fosse suspenso
pelo presidente Lyndon Johnson em 1965.
Luís Antônio Cunha colaboração especial
FONTES: HOROWITZ,
L. Vida; POERNER, A. Poder.