UNIÃO DEMOCRÁTICA NACIONAL (RS)
UNIÃO
DEMOCRÁTICA NACIONAL (RS)
Partido político gaúcho fundado na cidade de Pelotas em abril
de 1937 e chefiado por Bruno de Mendonça Lima, dissidente do Partido Libertador
(PL). Foi extinto pelo Decreto nº 37, de 2 de dezembro de 1937, que extinguiu
todos os partidos políticos do país.
As
causas imediatas da dissidência que se abriu dentro do PL estavam relacionadas
com o problema da sucessão de Getúlio Vargas na presidência da República.
Enquanto a candidatura de José Américo de Almeida era sustentada pelas
correntes situacionistas, a candidatura de Armando de Sales Oliveira, lançada
pelo Partido Constitucionalista de São Paulo, recebeu o apoio de todas as
oposições ao presidente Vargas, entre as quais se incluía José Antônio Flores
da Cunha, governador do Rio Grande do Sul e chefe do Partido Republicano
Liberal (PRL).
O PL, assim como o Partido Republicano Rio-Grandense (PRR),
vinha desenvolvendo desde a Revolução de 1932 uma sistemática oposição ao
governo Vargas. Entretanto, a partir de 1936, no interior desses dois partidos
surgiram correntes favoráveis a uma reaproximação com o governo central.
Em
1937, o PL apoiou a candidatura de José Américo de Almeida, acirrando assim o
conflito que se travava em seu interior e levando um grupo dissidente a formar
a União Democrática Nacional, enquanto outro grupo formava a Ação Libertadora.
Esses dois partidos tiveram contudo vida curta, desaparecendo pouco depois da
instalação do Estado Novo em 10 de novembro de 1937.
FONTES: BENEVIDES,
M. UDN; Diário de Notícias, Rio (4/4 e 8/5/37); DULCI, O. UDN; PICALUGA, I.
Partidos.