VALOR
ECONÔMICO
Jornal impresso em formato
standard
com circulação nacional. Era publicado de segunda a sexta e impresso na cidade
de São Paulo (SP) pela editora Valor Econômico S/A. Foi criado pelo Grupo Folha
em parceria com a Infoglobo Comunicações e Participação S/A. Tinha como público
alvo as camadas A e B da população, e era comercializado principalmente por
assinaturas. A primeira edição datou de 2 de maio de 2000. No seu expediente
constavam: Flávio Pestana como presidente, Celso Pinto como diretor de redação
e como diretores adjuntos Carlos Eduardo Lins da Silva e Vera Brandimarte. No Conselho Editorial figuravam os nomes de Antonio Manuel Teixeira Mendes, Celso Pinto, Flávio Pestana, João Roberto Marinho, Luís Frias, Luiz
Eduardo Vasconcellos, Merval Pereira e Otavio Frias Filho.
Embora especializado em
economia, sua pauta jornalística abrangia assuntos políticos e culturais. O
jornal vem sendo formado pelos seguintes cadernos e seções: “Primeiro Caderno”,
com notícias do Brasil e do Mundo; “Empresas & Tecnologia”, com notícias
sobre o mercado de tecnologia e comunicação; “Finanças”, com informações sobre
movimentações e tendências do mercado financeiro nacional e internacional; “Eu
& Investimentos”, sobre as companhias abertas e opções de investimentos; e
“Legislação & Tributos”, com notícias e informações sobre questões
jurídicas e tributárias, entre outros cadernos semanais. O Valor Econômico
também passou a editar os seguintes anuários: “Executivos de Valor”, “Valor
Financeiro”, “Valor 1000”, “Valor Carreira”, “Valor Grandes Grupos”, “Valor
Investe” e “Valor Setorial”.
O editorial da primeira
edição, afirmava que o Valor Econômico surgia como um jornal comprometido com a
defesa do “desenvolvimento do mercado de capitais” e em denunciar a corrupção e
a “incompetência no trato dos assuntos públicos”. Em 2000, foram publicadas
notícias que tiveram repercussão de abrangência nacional. Dentre estas,
destacavam-se: a entrevista que deu ímpeto às investigações sobre a malversação
de recursos na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo,
envolvendo o então juiz Nicolau dos Santos Neto; matérias sobre irregularidades
no parcelamento de dívidas no Programa
Refis; reportagem
que mostrou como o país esteve prestes a quebrar pela escassez de reservas
líquidas, antes da desvalorização do real em 1999, e matéria sobre o “recall”
dos veículos Corsa da General Motors (GM), cuja divulgação influenciou nos
preços das ações da GM na bolsa de Nova York.
Em 2000 o
jornal ganhou o Prêmio Esso de Informação Econômica, com a reportagem
“Operações que quebraram o Boa Vista”, da jornalista Raquel Balarin.
Ainda no ano
de 2000 o jornal criou prêmios para o reconhecimento do trabalho de agentes
econômicos e atores sociais. Foram criados três prêmios em 2000. O “Executivos
de Valor”, entregue em abril de 2001 a 20 administradores de vários setores. O
“Ethos-Valor”, também entregue em abril daquele ano à monografias que tivessem
como objeto de estudo temas relativos à responsabilidade social em empresas,
prêmio que foi resultado da parceria entre o Valor e o Instituto Ethos e
procurou realçar o compromisso do jornal com o tema da responsabilidade social.
E, por fim, o “Prêmio Valor Social”, entregue em agosto de 2001.
Os três
primeiros anos do Valor Econômico foram marcados por dificuldades financeiras,
como baixa circulação, reduzida receita publicitária e prejuízos sucessivos de 2000 a 2003. Tal quadro teria ocasionado a mudança, em 2003, do presidente Flávio Pestana por
Nicolino Spina, ex-diretor das revistas masculina da Editora Abril.
A direção de
Nicolino Spina, imprimiu uma política de contenção de gastos que culminou com
a demissão de 50 jornalistas e o remanejamento de outros dentro da própria
empresa.
Em 2001 o jornal lançou
sua versão online, o site Valor Online. Segundo informações do próprio jornal,
o Valor Online firmou-se como um dos mais visitados sites na categoria de
economia e negócios, com dois milhões de visitas mensais. Além do conteúdo do
jornal impresso, o site abrigava canais diversos como o “Valor Indicadores”,
com os principais índices do mercado em tempo real e o “Valor Carreira”, com
conteúdos e serviços voltados ao desenvolvimento profissional e cursos de
atualização. Possuía também o “Valor Notícias”, que era uma amostra do conteúdo
em tempo real produzido para o canal “Valor+News”, um serviço fechado à
assinantes, com notícias de economia e política e análises de jornalistas do
Valor Econômico.
De acordo com o ranking de
circulação diária do Instituto de Verificação de Circulação (IVC), em
2009 a média mensal de circulação diária do jornal foi de 53.811 exemplares. A
maior concentração de vendas ocorria na Região Sudeste, sendo mais vendido no
estado de São Paulo, com a média mensal de 29.176 exemplares vendidos por dia.
FONTES: Portal Observatório da Imprensa.
Disponível em : <http://www.observa
toriodaimprensa.com.br/artigos>. Acesso em : 20 out. 2009; PRÊMIO ESSO. Disponível em : <
http://www.premioesso.com.br>. Acesso em : 20 out. 2009; Valor Econômico (online). Disponível em : <http://www.valoronline.com.br>. Acesso em : 20 out. 2009.