1ª Entrevista: 04.04.2011
As origens familiares; a formação dos pais, em física; os contrastes culturais familiares; a criação na Avenida de Roma, em Lisboa; a Lisboa popular e o interesse antropológico; os primeiros estudos em escola mista (com moças e rapazes); a carreira profissional dos pais; as origens distintas das famílias maternas e paternas; o trabalho de seus pais como professores; as primeiras leituras e o incentivo aos livros; as leituras e o engajamento político nas proximidades da Revolução de 25 de abril; as prisões políticas de Graça e seus irmãos; os livros de aventuras fantásticas e o interesse de Graça pela escrita em sua juventude; a opção, no ensino secundário, pelas áreas de letras e ciências; o contato com a ideia da disciplina Antropologia através de um primo materno, José Cutileiro, antropólogo; a entrada no curso de Antropologia, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova, em 1978; a influência do professor José Carlos Gomes da Silva; a leitura de autores franceses na Universidade Nova, como Lévi-Strauss; a influência de professores como Rosa Maria Peres, Vitorino Magalhães Godinho, Raquel Soeiro de Brito e Gracia Vieira; o término da licenciatura em 1982; a importância da História para as Ciências Sociais em Portugal; a peculiaridade do surgimento das licenciaturas especializadas nos campos das Ciências Sociais em Portugal; os livros marcantes durante a licenciatura; o trabalho etnográfico no final da licenciatura, remetendo à Antropologia Urbana; o trabalho de campo ao fim da licenciatura: o Castelo de Vide e o ghetto dos malpiqueiros como tema de pesquisa; a desmistificação, com o trabalho de campo realizado, da notícia pejorativa sobre os descendentes de pastores em Castelo de Vide; os resultados e as avaliações do trabalho realizado; o convite de Mesquitela Lima – coordenador do departamento de antropologia na Universidade Nova – à Graça para participar da Revista Ethnologia; as publicações na revista sobre o Fado; a entrevista a Joaquim Pais de Brito e a sua consagração no campo acadêmico; a atuação no ensino secundário após o término da licenciatura; o contato com Luc de Heusch na Bélgica; a ida para o Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), entre 1984 e 1988, para atuar como assistente estagiária e lecionar; a entrada no mestrado na Universidade Nova e a preferência por Antropologia Urbana; a definição do objeto de estudo: o jogo da laranjinha; o problema teórico de Joaquim Pais de Brito e a sua importância para sua tese; comentários acerca da banca de mestrado; o diálogo com o fotógrafo e amigo Luís Pavão; observações acerca do enfoque de seus estudos no universo das culturas populares; o Congresso Espanhol de Antropologia e o contato com o antropólogo Juan José Pujadas; a opção definitiva por Antropologia Urbana; o doutoramento no ISCTE; a troca Erasmus entre professores do Departamento de Antropologia do ISCTE e de Tarragona, na Espanha; o projeto entre Joan Pujadas e Graça para o estudo da Madragoa, Portugal;; a experiência em Tarragona, Espanha, e o contato com bibliografias norte-americanas de Antropologia; o incentivo de Raul Iturra para a abertura da cadeira de Antropologia Urbana no ISCTE; a Sociologia Urbana em Portugal; o problema das limitações e das fronteiras em bairros de Lisboa, Portugal; a investigação na Madragoa, em Lisboa; as curiosidades em relação ao bairro da Bica; os estudos de António Firmino da Costa sobre o bairro de Alfama; a interlocução com os trabalhos de Firmino da Costa; leituras importantes durante a elaboração da tese de doutoramento; a tese de doutoramento: “Um bairro no coração da cidade: um estudo antropológico sobre a construção social de um bairro típico de Lisboa”; o triângulo tipológico da tese sobre a Bica: o bairro, as festas dos santos populares e a cidade; a orientação de Raul Iturra e Joan Pujadas; as mediações de José Machado que possibilitaram a entrada em campo no bairro da Bica; as avaliações sobre a tese; a gravidez e o trabalho de campo; o contexto da escrita da tese de doutoramento: as colaborações e as limitações na escrita sobre o bairro da Bica; o feedback positivo de Firmino da Costa sobre sua tese.
2ª Entrevista: 06.04.2011
Uma postura intelectual: espaços de autonomia e em rede; herança familiar; o posicionamento no ISCTE; um grupo em rede na Antropologia Urbana; Antonio Firmino da Costa e a sociologia; a relação com a Catalunha; a antropologia portuguesa; descobrindo Gilberto Velho; O Fenômeno Urbano, de Otávio Velho; a importância da leitura de Utopia Urbana Individualismo e Cultura, de Gilberto Velho; o Congresso luso-afro-brasileiro de 1994 e o impacto com Gilberto Velho; o contato com o Brasil via Gilberto Velho; a aproximação de antropólogos portugueses e brasileiros; a influência de Joaquim Paes de Brito; o primeiro mestrado em Antropologia no ISCTE; a ida de Gilberto Velho ao ISCTE; influências teóricas e a tese de doutorado; a Antropologia Urbana em Portugal; CEAS (Centro de Estudos de Antropologia Social) e CRIA (Centro em Rede de Investigação da Antropologia); o colóquio pelo CEAS e a difusão da antropologia urbana; o mestrado em antropologia urbana e a influência de Gilberto Velho; as idas ao Brasil; o Congresso da ABA (Associação Brasileira de Antropologia) em Vitória, em 1998; Carnavais Malandros, de Roberto DaMatta; professora-visitante na Universidade Federal do Rio Grande do Norte; colóquio Cidade e Diversidade: o auxílio de Luis Batista na organização; a ida para o CIES (Centro de Estudos de Sociologia); o convite feito à Joan Pujadas para participar do evento: a importância do seu trabalho na área de antropologia urbana; a organização do colóquio e seus objetivos; o doutorado em rede internacional na Antropologia Urbana; comentários sobre o FICYURB (First International Conference of Young Urban Researchers); a formação do grupo integrado de pesquisadores: José Guilherme Magnani e Françoise Navez-Bouchanine; relações com países africanos de língua portuguesa; reflexões sobre as Ciências Sociais; as novas gerações; a Antropologia Urbana hoje; a formação acadêmica hoje nas Ciências Sociais; a importância do diálogo interdisciplinar; a História; Frederico Vidal e o projeto da Rua; autores importantes; a Universidade de Bolonha como exemplo para outros cursos de antropologia e sociologia; obras e autores marcantes; Os Nuer e a relação com essa obra; os projetos e pesquisas futuros; a pesquisa em Boston; MAPS (Massachusetts Alliance of Portuguese Speakers); os imigrantes portugueses, brasileiros e cabo-verdianos em Boston; língua e identidade.