Entrevistas: 10/01/2007 e 23/03/2007
Origens familiares no Piauí; mudança dos pais para a cidade de Porto Nacional (Tocantins), onde nasceria o entrevistado; menção às atividades profissionais do pai; referência à formação de uma colônia piauiense em Porto Nacional; a atuação política do irmão, Hosterno Pereira, eleito vereador em 1950, e prefeito em 1959, pelo Partido Social Democrático (PSD); menção a um irmão que seguiu vida eclesiástica e a expectativa de que o entrevistado fizesse o mesmo; os estudos e a expulsão do seminário; o trabalho como funcionário da prefeitura, aos doze anos, enquanto seu irmão era prefeito; os estudos na Escola Apostólica de São Domingos, em Juiz de Fora – MG; o primeiro contato com autores como Voltaire, Graciliano Ramos, Pitigrilli, José Lins do Rego, entre outros; menção ao Golpe de 1964 e as transformações políticas em Porto Nacional; comentários acerca da Casa do Estudante Norte-Goiano (Cenog), criada nos anos 50: sua atuação política e influência na criação do estado de Tocantins, pela Constituição de 1988; o primeiro contato com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), através de seu irmão, Athos; o contexto do PCB no período; menção aos militantes Carlos Marighella, Jacob Gorender, Mário Alves e Apolônio de Carvalho, como organizadores de uma grande audiência destinada aos jovens militantes, no contexto do VI Congresso do PCB, em 1967; a mudança para Curitiba e a continuação dos estudos; o contato com o movimento estudantil universitário em Curitiba; o serviço militar prestado no quartel do Boqueirão; o contato com o coronel Jefferson Cardim Osório; menção ao impacto da notícia da morte de Ernesto Che Guevara e ao contato com integrantes do primeiro Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8); o retorno ao colégio e formação de um grupo de teatro e militância estudantil; a eleição do entrevistado para a diretoria da Cenog e a posterior repressão militar, fechando a instituição; a fuga, do entrevistado, de Porto Nacional, em maio de 1969; menção à participação do irmão na organização do Congresso da UNE, de outubro de 1968, em Ibiúna; a ida como clandestino para São Paulo e sua estadia no convento dos dominicanos – onde vivia seu irmão, Frei Airton; os primeiros contatos com a Ação Libertadora Nacional (ALN), a partir dos dominicanos e a posterior militância na organização; breve referência à morte de Marighella, em 4 de novembro de 1969; o contato com dirigentes do Partido Operário Comunista (POC) e da Ação Popular (AP); a tentativa de fuga para Goiás e a prisão, em 1972; lembrança acerca dos interrogatórios e das torturas sofridas durante a prisão; menção à João Henrique Ferreira de Carvalho, conhecido como “Jota”, agente do governo, infiltrado na ALN; o contato com José Genoino, Alaor Figueiredo, José Porfírio e Geraldo Marques, entre outros, durante o tempo em que esteve preso; breve comentário acerca das torturas realizadas pelo major Carlos Alberto Brilhante Ustra, presenciadas pelo entrevistado em sua estadia na prisão da Operação Bandeirantes (Oban); a estadia no Presídio do Hipódromo e posteriormente no presídio do Carandiru, entre 1973 e 1974; o início da produção literária do entrevistado, assinando como Pedro Tierra; as visitas de Dom Pedro Casaldáliga ao entrevistado, durante sua estadia no Carandiru; a publicação do seu livro com a ajuda do padre Renzo Rossi e de Luiz Eduardo Greenhalgh, Poemas do povo da noite, na Itália e na Espanha, enquanto estava ainda preso; a saída da prisão em 1977; a direção do boletim do Conselho Indianista Missionário, em Goiânia, junto à Comissão Pastoral da Terra (CPT) ; a importância da Igreja Católica e da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) no combate à repressão e tortura, durante a ditadura militar; menção ao projeto de Pedro Casaldáliga de criar uma liturgia em sintonia com as pastorais de base e com a Teologia da Libertação; a importância do sindicato dos metalúrgicos do ABC, como catalisador e unificador da esquerda no período; a presença dos movimentos e sindicatos de trabalhadores rurais no Partido dos Trabalhadores (PT), apesar de sua maioria de ter origem urbana; a dificuldade de mobilizar os sindicatos de trabalhadores rurais para o congresso de fundação da CUT devido à oposição da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais (Contag) – dirigida por membros do PCB; a importância da atuação da Igreja Católica para ligar o PT às lutas e movimentos dos trabalhadores rurais, possibilitando ao partido um caráter nacional; a atuação e desempenho dos ex-membros da ALN no PT; comentários sobre a tendência interna Articulação dos 113: com membros da esquerda armada, de sindicalistas de origem urbana e rural; o V Encontro Nacional do PT, em 1987, onde ficou definido o direito à tendências internas no partido; a candidatura do entrevistado para deputado federal, por Goiás, em 1986; os debates do PT em relação às lutas do trabalhadores rurais; o desenvolvimento, em 1989, do Programa de Reforma Agrária do PT, por Luiz Inácio Lula da Silva (Lula); menção a integração de José Gomes da Silva, importante referência na luta pela reforma agrária, ao PT; menção à audiência realizada por Lula com o então presidente do Brasil, Itamar Franco, resultando na criação da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, capitaneada por Herbert de Souza (Betinho); a criação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea) elaborado pelo PT; as articulações entre PT e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); a participação do entrevistado na campanha de Lula, nas eleições presidenciais de 1989, através da Rede Povo; a composição do jingle “Lula-lá” e a participação espontânea de artistas na campanha; crítica a mudança de postura nas campanhas, especialmente com Duda Mendonça, marqueteiro da campanha presidencial de Lula, em 2002; o contexto do inicio dos anos noventa: a derrota na eleição presidencial de 1989, a desintegração da tendência “Articulação”, em outras tendências internas do PT; a consolidação do PT enquanto um partido nacional, a queda do Muro de Berlim e as transformações do socialismo e do sindicalismo; menção às Caravanas da Cidadania e sua importância para o fortalecimento de Lula como liderança nacional; a candidatura do entrevistado à presidência do PT, em 1995, na qual foi eleito José Dirceu; o contexto interno do PT no período e a busca por novas alianças para a candidatura de Lula à Presidência da República; a disputa em torno da orientação do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), entre Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso; as diferenças históricas entre a formação do PSDB e PT; o trabalho do entrevistado na diretoria da Fundação Perseu Abramo, no momento de sua criação, em 1996; a atuação do entrevistado como Secretário de Cultura de Brasília, no governo Cristovam Buarque; a participação do entrevistado na coordenação do programa de cultura do PT; a eleição à presidência da Fundação Perseu Abramo e a importância desta para o PT...........241-279.