1a Entrevista: origem familiar: o avô Jorge Tibiriçá, presidente de São Paulo; participação nas campanhas médico-sociais da mãe, Alice Tibiriçá; ingresso na campanha do petróleo a partir das conferências de Horta Barbosa em 1947; o Código de Minas de 1934: influência de Góis Monteiro; a lei ordinária de 1938 relativa a petróleo e gases naturais; a questão do petróleo como divisor de águas no Clube Militar: as teses Horta Barbosa e Juarez Távora; a vitória da Cruzada Democrática em 1952; participação da União Nacional dos Estudantes (UNE) na campanha do petróleo; criação do Conselho Nacional do Petróleo (CNP) em 1938: a gestão Horta Barbosa (1938-1943) e o lançamento de sua tese do monopólio estatal; alerta de Horta Barbosa a Getulio quanto às posições entreguistas de Aluísio Lima Campos; saída de Horta Barbosa do CNP e entrada de João Carlos Barreto; mensagem de Odilon Braga anexa ao anteprojeto do Estatuto do Petróleo (1948); o movimento feminista e as associações de bairro no início da campanha do petróleo; instalação do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo a 21 de abril de 1948 com a participação de amplos setores da sociedade; os três fatores de sucesso da campanha: organização em todo o país, objetivo claro e caráter suprapartidário; importância da participação do Partido Comunista; violência policial: o incidente diante da estátua de Floriano; as associações de bairro no pós-guerra; início da campanha: dissociação do aliado americano do truste americano; coordenação da campanha pelo Centro do Petróleo; o jornal "Emancipação"; penetração da campanha nas entidades de classe média, sindicatos urbanos e rurais; organização de congressos e convenções; primeira Convenção Nacional de Defesa do Petróleo, realizada no Rio de Janeiro em outubro de 1948: contra o Estatuto do Petróleo e contra as concessões aos particulares; compra da refinaria estatal na França por Mário Bittencourt Sampaio e sua instalação em Cubatão; a força da opinião pública organizada; os partidos políticos e a campanha; as manifestações de militares em apoio à campanha proibidas pelo general Canrobert; orientação entreguista do anteprojeto do Estatuto do Petróleo e do projeto da Petrobrás; a disposição de Capanema em 1951 de reativar o projeto do Estatuto do Petróleo; ameaça de fechamento do Centro do Petróleo e Segunda Convenção Nacional de Defesa do Petróleo em 5 de julho de 1951; repressão policial; o setor de propaganda do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo: relações com a imprensa, rádio e televisão, cursos populares, divulgação do interior através das Câmaras Municipais e Assembléias Legislativas; as finanças do Centro; o jornal "Emancipação"; ampliação do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo para Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e da Economia Nacional (CEDPEN); importância das outras campanhas nacionalistas; o episódio Schoppel; a Constituinte hoje.........................................................................1 a 51
2a Entrevista: as uniões femininas e seu engajamento na campanha do petróleo; participação pessoal da entrevistada na campanha: sentimento de integração e não discriminação por ser mulher; comentários do coronel Correia de Sá e Benevides sobre a entrevistada; participação da entrevistada no Congresso Regional Sul em 1952: preocupação com os filhos, discurso em defesa do futuro dos filhos, menção à queda de Mossadegh no Irã; criação do Centro de Petróleo Paulista; ida a Goiás em 1949: estruturação dos centros locais e comentários de membros do centro goiano; a posição da mulher nos partidos e movimentos políticos; os fatores de sucesso da campanha do petróleo: organização, objetivos claros e caráter suprapartidário; distonia entre as bases e as direções dos partidos durante a campanha do petróleo; influência da campanha do petróleo nas campanhas eleitorais de Getulio (1950) e Juscelino (1955); reação contra a campanha do petróleo nos anos 1951-1952, durante a tramitação do projeto Petrobrás: ameaças de fechamento do CEDPEN, Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, Clube Militar e UNE; análise do projeto de criação da Petrobrás; multinacionais e golpes: Juscelino e a Liga da Emancipação Nacional; Carlos Lacerda e o suicídio de Vargas; o CEDPEN na campanha eleitoral de 1950: eleição de Lobo Carneiro, Henrique Miranda e Leônidas Cardoso; Jânio Quadros, Roberto da Silveira, Roberto Gusmão; sobre a campanha do petróleo: organização das bases nos bairros, mobilização popular, general Raimundo Sampaio, participação de Artur Bernardes; acordo com Getulio Vargas para a votação da lei da Petrobrás na Câmara; divisão dos militares quanto à campanha do petróleo; a tese Horta Barbosa e sua saída do CNP em 1943; mudança na política petrolífera com João Carlos Barreto e Lima Campos; a reação dos partidário de Juarez Távora no Clube Militar em 1952 e a repressão e perseguição aos militares nacionalistas; tiroteio no ato inaugural da Segunda Convenção Nacional de Defesa do Petróleo; Estillac Leal e o Clube Militar; a atuação das multinacionais; a tentativa de golpe contra Getulio, contra Juscelino e o movimento de 1964.....................................51 a 136
3a Entrevista: o apoio da Terceira Convenção Nacional de Defesa do Petróleo (julho de 1952) à emenda Bilac Pinto; A Lei 2.004, de 3 de outubro de 1953, como resultado de um acordo parlamentar: monopólio para a pesquisa, a lavra e o refino em troca da manutenção das refinarias privadas já existentes, da adoção do nome Petrobrás e da manutenção do comércio grossista fora do monopólio; Getulio e o petróleo: nacionalismo e entreguismo, a Lei2.004 e a tentativa de golpe das multinacionais, Carlos Lacerda e o suicídio de Getulio; a assessoria econômica de Vargas; o apoio da UDN à emenda Bilac Pinto; a campanha do petróleo na Câmara; participação dos militares; histórico das pressões das multinacionais até a ameaça de impedir a posse de Juscelino; a Liga da Emancipação Nacional e seu Congresso em Defesa do Petróleo em abril de 1955; definição da empresa nacional no Brasil: investidas e contra-investidas; os projetos de Plínio Pompeu e Adolfo Gentil; a exoneração de Plínio Castanhede da presidência do CNP (1955); o Congresso de Defesa do Petróleo e o "Plano prático para a solução do problema do petróleo em cinco anos"; opinião do CEDPEN sobre Juracy Magalhães (1953) e Janary Nunes (1956) na presidência da Petrobrás; a diferença da mobilização popular frente à Petrobrás e à Eletrobrás; pressões sobre a campanha do petróleo e sua desmobilização a partir de 1955; Juscelino e o fechamento da Liga de Emancipação Nacional (1956); prosseguimento da mobilização do CEDPEN no Clube Militar e na UNE; relação entre a visita do secretário de Estado Dean Acheson e as emendas estabelecendo o monopólio estatal do petróleo (Terceira Convenção Nacional do Petróleo); parlamentares contrários ao monopólio: Ismar de Góis e a Emenda n. 32 (contratos de risco); a vitória da campanha e o prosseguimento das atividades do CEDPEN (1961); balanço da campanha do petróleo; o golpe de 64 como resultado da pressão das multinacionais; o caso da indústria farmacêutica; análise dos contratos de risco: tentativa com Antônio Dias Leite (1970), criação da Braspetro (1972), participação de Roberto Campos, instituição com Geisel (1975)e influência da ditadura no processo de desmobilização; a campanha de 1987: participação dos trabalhadores; as concessões feitas pelo governo militar; a Petrobrás e seus presidentes; a necessidade de se combater os contratos de risco; a validade da tese Horta Barbosa: monopólio dos trustes ou monopólio do Estado; a vitória de 1953 e a necessidade de manter a mobilização na campanha de 1987.........136 a 144