SIMAS, CARLOS
SIMAS,
Carlos
*min. Comunic. 1967-1969.
Carlos Furtado Simas nasceu
em Salvador no dia 15 de maio de 1913, filho de Américo Furtado Simas e de
Raquel Bompet Simas.
Formou-se em engenharia civil e elétrica em 1935.
A partir de 1946 foi catedrático da Escola Politécnica da
Universidade da Bahia, e em 1948 tornou-se professor catedrático da Faculdade
de Arquitetura do Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Integrou o conselho
universitário da Universidade da Bahia a partir de 1949 e, em 1951, tornou-se
diretor da Escola Politécnica, cargo que ocupou até 1962, quando assumiu a
presidência da Telefones da Bahia S.A. (Telebasa).
Após
o movimento político-militar de 31 de março de 1964, que depôs o presidente
João Goulart (1961-1964), foi nomeado em junho de 1967 para ser o primeiro
titular do Ministério das Comunicações, que havia sido criado em fevereiro pelo
presidente Humberto Castelo Branco (1964-1967). A nova pasta absorveu o
Conselho Nacional de Telecomunicações e os departamentos nacionais de
Telecomunicações e de Correios e Telégrafos. Durante sua gestão foi criada a
Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel), que, em fevereiro de 1969,
inaugurou a estação de Itaboraí (RJ) para telecomunicações via satélite. Foi
inaugurado também o sistema telefônico de microondas entre Brasília e Assunção,
no Paraguai, pelos presidentes Artur da Costa e Silva (1967-1969) e Alfredo
Stroessner, do Paraguai. Estabeleceram-se ainda as diretrizes para a política nacional
de telecomunicações.
Em
dezembro de 1968, Carlos Simas foi um dos signatários do Ato Institucional nº 5
(AI-5). Permaneceu à frente do Ministério das Comunicações até outubro de 1969,
quando foi substituído por Higino Corsetti, nomeado para o cargo pelo
presidente Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), empossado naquele mesmo mês.
Após deixar o ministério, retornou à presidência da Telebasa,
de onde saiu por se sentir preterido, quando Antônio Carlos Magalhães foi
eleito governador. Deixou então a vida política, voltando a ser professor
catedrático da Escola Politécnica, onde foi também substituto do vice-diretor,
membro do conselho de coordenação e presidente da câmara de ensino de
graduação.
Presidiu ainda o conselho deliberativo da Fundação para o Desenvolvimento
da Ciência da Bahia e o Grupo Executivo de Telecomunicações da Amazônia e
integrou o conselho deliberativo da Fundação Gonçalo Muniz, a Associação
Brasileira de Mecânica do Solo e a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).
Proferiu conferências na Escola Superior de Guerra (ESG), no
Ministério da Educação e Cultura, na Associação dos Diplomados da Escola
Superior de Guerra, (ADESG) do Rio Grande do Sul e no II Simpósio de Estrutura
Nacional, participando ainda de congressos pan-americanos de engenharia.
Esporadicamente fez pronunciamentos políticos, como em março de 1978, quando
defendeu a necessidade de se acabar com o regime de exceção e de se criar “uma
democracia sem adjetivos”.
Faleceu em Salvador no dia 28 de junho de 1978.
Foi casado com Alba Mascarenhas Simas, com quem teve dois
filhos.
FONTES: Encic.
Mirador; Grande encic. Delta; Jornal do Brasil (28/8/77, 15/3, 29/6 e
13/12/78); MAGALHÃES, I. Segundo; MORAIS, A. Introdução; Who’s who in
Brazil.