GONÇALVES, PÉRICLES
GONÇALVES, Péricles
*dep. fed. RJ
1979-1983.
Péricles Gonçalves nasceu
em Niterói (RJ) no dia 27 de setembro de 1924, filho de Ismael da Silva
Gonçalves e de Hermínia Gonçalves.
Bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade
de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF) e fez curso de
aperfeiçoamento na Academia Internacional de Polícia, sediada em Washington.
Exerceu diversas atividades ligadas, diretamente ou não, à
sua formação jurídica, enquanto funcionário público, dentre elas, as de
detetive, delegado de polícia em vários municípios do Rio de Janeiro, delegado
de homicídios, professor da Escola de Polícia Civil, técnico de educação e
chefe do serviço de merenda escolar da Secretaria de Educação e Cultura do
Estado do Rio de Janeiro.
No pleito de novembro de 1978, concorreu a uma vaga na Câmara
dos Deputados, pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) — partido de
oposição ao regime militar instaurado no país em abril de 1964 —, mas não foi
eleito, obtendo a primeira suplência da legenda. Com a extinção do
bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e a conseqüente reformulação
partidária, filiou-se ao Partido Popular (PP), liderado por Tancredo Neves.
Assumiu o mandato ainda nesse ano e participou dos trabalhos legislativos como
membro titular das comissões de Segurança Nacional (1979) e de Constituição e
Justiça (1980-1981) e como suplente da Comissão de Segurança Nacional
(1980-1981).
Nos pleito de novembro de 1982, desta feita na legenda do
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), candidatou-se mais uma vez à Câmara, mas
não obteve êxito. Deixou o mandato federal em janeiro do ano seguinte, ao final
da legislatura. Candidato à reeleição em novembro de 1986 e outubro de 1990,
respectivamente pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) —
sucessor do MDB — e pelo PTB, foi também derrotado nas duas oportunidades.
Em
abril de 1994, Gonçalves foi citado numa lista, encontrada num escritório do
“banqueiro” de jogo do bicho Castor de Andrade, contendo o nome de cerca de cem
políticos, advogados, delegados e policiais civis e militares que teriam
recebido dinheiro da contravenção.
Em
outubro, concorreu a uma cadeira na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro, mas não obteve sucesso. Com suspeitas de fraude devido ao número
excessivo de votos em branco, o pleito foi no entanto anulado pelo Tribunal
Regional Eleitoral do estado (TRE-RJ). Realizada uma nova eleição em novembro,
Gonçalves também não conseguiu ser eleito.
No pleito de outubro de 1998, candidatou-se mais uma vez à
Câmara dos Deputados pelo PTB, porém obteve apenas uma suplência.
Casou-se com Ana Maria Gonçalves, com quem teve cinco filhos.
Publicou teses sobre tóxicos e delinqüência juvenil.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados
brasileiros. Repertório (1979-1983); Globo (20/3/96, 7/10/98); Jornal
do Brasil (16/7/94); TRIB. SUP. ELEIT. Candidatos (1998).