MASINI, JOVANI
MASINI,
Jovani
*const. 1987-1988; dep. fed. PR
1987-1991.
Jovani Pedro Masini nasceu
em Campinas (SP) no dia 26 de junho de 1930, filho de Carlos Masini e de
Margherita Sanini Masini.
Advogado, industrial, fazendeiro e comerciante, cursou a
Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (Ufpr), na qual
bacharelou-se em 1954. Após formar-se abriu escritório
de advocacia em Ponta Grossa (PR). Na década de 1960 tornou-se empresário da
indústria madeireira e em 1970 dedicou-se à agropecuária. A partir de 1977
dedicou-se ao comércio de automóveis.
Iniciou sua carreira política como deputado federal
constituinte na legenda do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)
do Paraná, eleito no pleito de novembro de 1986. Durante o mandato, iniciado em
fevereiro de 1987, atuou nos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte como
titular da Subcomissão do Orçamento e Fiscalização Financeira, da Comissão do
Sistema Tributário, Orçamento e Finanças, e suplente da Subcomissão de Ciência
e Tecnologia e da Comunicação, da Comissão da Família, da Educação, Cultura e
Esportes, da Ciência e Tecnologia e da Comunicação. Foi um dos poucos deputados
federais a assumir publicamente ser representante e dirigente regional da União
Democrática Ruralista (UDR), entidade que atuou na Constituinte em favor dos interesses
dos latifundiários e contra a reforma agrária.
Ausente
em mais da metade das votações, manifestou-se contra a limitação do direito de
propriedade privada, a remuneração 50% superior para o trabalho extra, a
jornada semanal de 40 horas, o turno ininterrupto de seis horas, a
nacionalização do subsolo, a estatização do sistema financeiro, o limite de 12%
ao ano para os juros reais, a proibição do comércio de sangue, a limitação dos
encargos da dívida externa e a criação de um fundo de apoio à reforma agrária.
Votou também contra a regulamentação do salário mínimo, do aviso prévio, do
direito de greve e do piso salarial. Manifestou-se a favor do mandado de
segurança coletivo, da proteção ao trabalho contra despedida sem justa causa,
do aborto, da unicidade sindical, do voto aos 16 anos, do presidencialismo, do
mandato de cinco anos para o presidente José Sarney e da anistia para os micro
e pequenos empresários. Defendeu ainda o tratamento especial à propriedade
produtiva e procedimentos inibitórios para a desapropriação. Manifestou-se
contra a existência das empresas estatais por considerar o capital estrangeiro
necessário para o desenvolvimento do país. Com a promulgação da Constituição em
5 de outubro de 1988, voltou a participar dos trabalhos legislativos ordinários
da Câmara dos Deputados.
Concorreu à reeleição em outubro de 1990, obtendo apenas uma
suplência. Deixou a Câmara dos Deputados em janeiro de 1991, ao término da
legislatura.
Em outubro de 1992, elegeu-se vice-prefeito de Ponta Grossa
(PR) na chapa encabeçada por Paulo Cunha Nascimento, tomando posse em 1º de
janeiro de 1993. Deixou o cargo em 31 de dezembro de 1996.
Devido a problemas de saúde, deixou a carreira política e
passou a se dedicar apenas à administração de suas duas empresas, uma concessionária
de automóveis e uma locadora de veículos, ambas sediadas em Ponta Grossa.
Foi ainda vice-presidente da Associação Brasileira de
Distribuidores de Veículos.
FONTES: ASSEMB.
NAC. CONST. Repertório (1987-1988); COELHO, J. & OLIVEIRA, A.
Nova.