MARTINS, Júlio
MARTINS,
Júlio
*dep.
fed. RR 1979-1987.
Júlio
Augusto Magalhães Martins nasceu em Boa Vista, no dia 24 de setembro de
1937, filho de Antônio Augusto Martins e Euclides Magalhães Martins. Seu pai
foi deputado federal pelo antigo território de Rio Branco, atual estado de
Roraima, entre 1947 e 1951.
Iniciou
a carreira política como secretário do governo do território de Roraima, de
1962 a 1964, nas gestões de Clóvis Nova da Costa (1961-1963) e de Francisco de
Assis Albuquerque Peixoto (1963-1964).
Filiado à Aliança Renovadora Nacional
(Arena), partido que apoiou o regime militar instaurado em abril de 1964,
elegeu-se vereador de Boa Vista, em 1972. Empossado em fevereiro do ano
seguinte, presidiu a Câmara Municipal neste período. Em 1974, renunciou ao mandato
por ter sido nomeado prefeito do município pelo governador Fernando Ramos
Pereira.
Ao
final do mandato, em 1978, candidatou-se nas eleições do mesmo ano a deputado
federal. Na Câmara, integrou a Comissão do Interior até 1981. Em novembro de
1979, com a reformulação partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social
(PDS), substituto da Arena, tornando-se seu vice-líder durante o ano de 1982.
Participou também da Comissão de Comunicação.
Em
novembro de 1982, reelegeu-se deputado federal e durante esta legislatura
integrou a Comissão de Constituição e Justiça. Em 25 de abril de 1984, esteve
ausente da votação da emenda Dante de Oliveira, que propunha o restabelecimento
de eleição direta para presidente da República em novembro daquele ano. Porém, a
emenda não obteve o número de votos indispensáveis à sua aprovação – faltaram
22 para que o projeto fosse encaminhado à apreciação pelo Senado. No Colégio
Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985, Júlio Martins votou no candidato
do regime militar, Paulo Maluf, que acabou sendo derrotado pelo oposicionista
Tancredo Neves, eleito presidente da República pela Aliança Democrática, união
do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) com a dissidência do PDS
abrigada na Frente Liberal. Mas Tancredo não chegou a tomar posse, porque ficou
gravemente doente e morreu em 21 de abril de 1985. Assumiu o vice-presidente
José Sarney, que já exercia interinamente o cargo desde 15 de março.
Transferiu-se
para o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e no pleito de novembro de 1986
concorreu a uma vaga de deputado federal constituinte. Não se elegeu e em
janeiro de 1987 deixou a Câmara dos Deputados.
Em
1992, saiu do PTB para ingressar no Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Candidatou-se, em outubro de 1994, a uma vaga no Senado. Mais uma vez não se
elegeu. Em 1997, saiu do PDT e filiou-se ao Partido da Social Democracia
Brasileira (PSDB).
Casou-se
com Maria Leitão Martins, com quem teve três filhos.
Publicou
Mensagem à Câmara Municipal (1978).
FONTES:
CÂM. DEP. Deputados brasileiros Repertório (1983-1987); INF. BIOG.