AZEVEDO, MÍLTON PEREIRA DE
AZEVEDO,
Mílton Pereira de
*militar; rev. 1930; interv. SE 1941-1942.
Mílton Pereira de Azevedo
nasceu em Aquidabã (SE) no dia 25 de março de 1907, filho de José Pereira de
Oliveira.
Sentou
praça em março de 1925, ingressando na Escola Militar do Realengo, no Rio de
Janeiro, então Distrito Federal, de onde saiu aspirante em janeiro de 1929.
Passando a servir no 19º Batalhão de Caçadores (19º BC) da 6ª Região Militar
(6ª RM) sediada na Bahia, em julho de 1929 foi promovido a segundo-tenente. No
mês seguinte foi nomeado membro da Comissão Examinadora de Tiros de Guerra no
interior da Bahia. Transferido para o 28º BC, em Aracaju, ainda em dezembro de
1929, em agosto do ano seguinte assumiu o comando da Companhia de Metralhadoras
Mistas.
Participou
da Revolução de outubro de 1930, comissionado no posto de tenente-coronel pelas
forças revolucionárias do norte do Brasil. Durante o governo do interventor
Augusto Maynard Gomes (1930-1935), tomou parte na perseguição no interior de
Sergipe ao grupo de cangaceiros liderados por Lampião. Nesse período foi
promovido a primeiro-tenente em fevereiro de 1931. Em janeiro do ano seguinte
tornou-se ajudante do estado-maior do 28º BC. Com a eclosão da Revolução
Constitucionalista em São Paulo, no mês de julho de 1932, embarcou com seu
batalhão para Barra Mansa (RJ), onde se incorporou às forças legalistas,
comandadas pelo general Pedro Aurélio de Góis Monteiro. As tropas
revolucionárias foram derrotadas em outubro de 1932.
De
volta a seu estado, em julho de 1933 ocupou a função de ajudante do 28º BC e em
fevereiro do ano seguinte assumiu o comando da 3ª Companhia do batalhão.
Nomeado instrutor de infantaria da Escola Militar do Realengo em julho de 1934,
matriculou-se na Escola Militar do Rio de Janeiro em agosto desse mesmo ano.
Promovido a capitão ainda em outubro de 1934, retornou ao 28º BC como
comandante da 1ª Companhia em fevereiro de 1935. Em dezembro desse ano teve sua
transferência solicitada ao presidente Getúlio Vargas pelo interventor de
Sergipe Erônides de Carvalho, sob alegação de não ser elemento de confiança do
governo. O pedido, contudo, não foi atendido e Mílton Pereira de Azevedo foi
lotado em fevereiro do ano seguinte no Estado-maior do batalhão. Em maio de
1939, já após a instauração do Estado Novo (10/11/1937), foi novamente nomeado
instrutor de infantaria da Escola Militar e em junho passou a auxiliar de
comandante do corpo de cadetes.
Em
fevereiro de 1940 matriculou-se na Escola de Armas e em outubro desse mesmo ano
foi nomeado adjunto de direção de manobras do Curso de Infantaria. Em dezembro
seguinte, estando à disposição do Ministério da Justiça e Negócios Interiores,
ocupou a função de instrutor da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
Nomeado
interventor federal em Sergipe, sucedeu a Erônides de Carvalho em julho de
1941. Permaneceu no cargo até março de 1942, quando foi substituído por Augusto
Maynard Gomes. Foi promovido a major em dezembro do ano seguinte e a
tenente-coronel em setembro de 1950. Em setembro de 1952 passou para o quadro
suplementar geral e de abril a outubro do ano seguinte foi adido à Diretoria
Geral de Pessoal. Nesse período, foi incurso no artigo 237 do Código Penal
Militar, referente ao favorecimento, por parte de comandantes, da prática de
atos contra a administração militar, respondeu a um processo-crime como
co-participante das atividades subversivas ocorridas na 6ª RM. Retornou como
adido do 28º BC da 6ª RM em outubro de 1953. Em março do ano seguinte foi
nomeado chefe de uma sessão da Divisão de Mobilização da Diretoria Geral de
Engenharia do Distrito Federal.
Em março de 1955, foi promovido a coronel e, em julho desse
mesmo ano, transferiu-se para o Quartel-General da 6ª RM, até que em maio do
ano seguinte foi nomeado chefe do Estado-maior dessa RM. Chefe de gabinete da
Diretoria de Instrução do Exército do Distrito Federal em dezembro de 1957, a partir de novembro do ano seguinte integrou também a Diretoria de Ensino e Formação. Ocupou a
chefia de gabinete da Diretoria do Pessoal da Ativa do Distrito Federal em
abril de 1960. Em maio do ano seguinte foi transferido para o Quartel-General
da 4ª RM, sediada em Juiz de Fora (MG), que passou a chefiar em junho. Assumiu o comando do Curso de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) da 6ª RM, em
outubro de 1962.
Faleceu no dia 2 de fevereiro de 1964.
FONTES: ARQ. PÚBL.
EST. SE; MIN. GUERRA. Almanaque (1950); POPPINO, R. Federal; WYNNE,
J. História.