MARTINS, PAULO
MARTINS,
Paulo
*dep. fed. prof. 1935-1937.
Paulo Dias Martins nasceu
em Fortaleza no dia 15 de agosto de 1886, filho de Antônio Dias Martins e de
Maria Teófilo Martins. Seu pai foi político no Império, destacando-se sobretudo
por sua participação na campanha abolicionista.
Fez os primeiros estudos em sua cidade natal, transferindo-se
depois para Recife. Bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela
Faculdade de Direito de Recife em dezembro de 1908.
Funcionário do Ministério da Fazenda, ocupou os cargos de
oficial-de-gabinete do ministro Rafael de Abreu Sampaio Vidal (1922-1926), de
chefe de gabinete do ministro Francisco Chaves de Oliveira Botelho (1926-1930)
e de diretor das Rendas Internas, após a reforma que elaborou no Tesouro
Nacional durante a gestão do ministro Osvaldo Aranha (novembro de 1931 a julho
de 1934). Em 1934 elegeu-se representante dos funcionários públicos,
tornando-se deputado federal classista. Assumiu o mandato em maio de 1935 e
passou a defender na Câmara os interesses dos servidores, tendo apresentado
projetos de lei de alcance social. Permaneceu na casa até 10 de novembro de
1937, quando o advento do Estado Novo levou à supressão de todos os órgãos
legislativos do país.
Aposentou-se no último posto da carreira fazendária como
conferente da Alfândega, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, passando a
exercer a advocacia.
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 8 de dezembro de 1981.
Foi casado com Anita Euler Porto Martins, com quem teve dois
filhos.
Além de monografias sobre assuntos fiscais e colaborações em
revistas técnicas nacionais e estrangeiras, publicou Caixas econômicas do
Brasil, Problemas nacionais, Autópsia de uma calúnia e O selo do papel.
FONTES:
ALBUQUERQUE, J. Cearenses no Rio; Boletim Min. Trab. (5/36); CÂM. DEP.
Deputados; Diário do Congresso Nacional; GIRÃO, R. Ceará; HIRSCHOWICZ, E.
Contemporâneos; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (1).